O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) aguarda para esta semana os resultados finais dos exames feitos pela Organização Mundial de Saúde Animal (OIE) sobre a tipificidade de um caso de vaca louca em um animal criado em Porto Esperidião, sudoeste de Mato Grosso, e que apresentou os sintomas da doença no frigorífico JBS, em São José dos Quatro Marcos, no dia 19 de março.
A análise é feita no laboratório referência da entidade em Weybridge, na Inglaterra, e pode confirmar o que vem afirmando o governo brasileiro: ser o caso atípico, já que o animal era criado exclusivamente a pasto e não morreu em função do problema. Outros 49 bovinos que tiveram contato com a fêmea doente e abatidos no dia 26 de abril apresentaram resultado negativo para a Encefalopatia Espongiforme Bovina (EEB).
Em nota o Mapa disse que os testes feitos na Inglaterra com o material da fêmea de 12 anos, coletado ainda no frigorífico, "ratificou o resultado do exame realizado pelo Laboratório Nacional Agropecuário de Pernambuco (Lanagro-PE), cujo laudo deu positivo para a marcação priônica. O príon é a proteína causadora do mal da vaca louca.
De acordo com o Ministério, "um registro de enfermidade não configura risco sanitário, visto que as mitigações em curso são suficientes para evitar a reciclagem e amplificação do agente causador", disse em nota, em uma referência ao controle sanitário feito desde que a suspeita foi confirmada.
"Desde 1990, o Mapa aplica medidas de prevenção e vigilância da EEB, que são atualizadas constantemente, em harmonização às informações científicas disponíveis e às recomendações da OIE", afirmou o Ministério.