Joias, veículos de luxo, perfumes importados, dinheiro em espécie e até dólares foram apreendidos na Operação Relutância, deflagrada pela Polícia Federal, nesta quarta-feira (4) em quatro cidades de Mato Grosso. Ao todo, 25 ordens de busca e apreensão foram cumpridos no Estado, sendo 16 em Rondonópolis, quatro em Sorriso, dois em Cuiabá e dois em Várzea Grande.
A Operação visa desarticular um grupo criminoso responsável por importar e distribuir ilegalmente grandes quantidades de cigarros eletrônicos, os populares vapers, e seus acessórios. O Shopping Popular de Várzea Grande foi um dos alvos dos agentes. Em vídeos e fotos divulgados pela Polícia Federal é possível ver a quantidade de dinheiro em moeda nacional e internacional até mesmo em um cofre. O valor total do montante não foi revelado.
Além disso, em uma das garagens da residência de um dos alvos foram apreendidos dois carros de luxo, sendo um utilitário SW4 branco e outro Jeep Grand Cherokee, também na cor branca e que juntos somam mais de R$ 500 mil.
Os policiais, acompanhados de servidores da Receita Federal, cumprem 33 mandados de busca e apreensão, um mandado de prisão preventiva, um mandado de sequestro de bem imóvel e o bloqueio de ativos na ordem de 6,4 milhões. Além das cidades mato-grossenses, foram alvos de Redenção e Xinguara, no Pará, Campo Grande, em Mato Grosso do Sul e Goiânia, em Goiás.
As ordens partiram da Justiça Federal em Rondonópolis e de acordo com as investigações o grupo se enriquecia com a revenda criminosa dos produtos, principalmente cigarros eletrônicos, cuja importação, comercialização e qualquer forma de distribuição são proibidas no Brasil.
O ESQUEMA - As investigações apontam que o esquema se valia de diferentes veículos para o transporte rodoviário dos cigarros eletrônicos e outras 'muambas' do Paraguai até Rondonópolis. Lá, ocorria a distribuição das mercadorias contrabandeadas para outros estados brasileiros, onde eram revendidas em grandes quantidades.
Nas cidades de destino, como Várzea Grande, os produtos eram oferecidos aos clientes em lojas físicas, no caso o Shopping Popular, e também no ambiente virtual, sendo entregues até mesmo via delivery, por motoboys.
A operação policial foi denominada 'Relutância' devido à insistência da quadrilha em manter-se no esquema ilegal, apesar de já terem sido alvo de inúmeras ações de persecução criminal e fiscalização.
guarana ralado
Quarta-Feira, 04 de Setembro de 2024, 12h07