Economia Domingo, 06 de Julho de 2025, 11h:28 | Atualizado:

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PRODUÇÃO LOCAL

Rio dos Peixes vive ciclo econômico próspero à base de milho

 

JOÃO FREITAS
Gazeta Digital

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milho rio dos peixes

 

Na região do Rio dos Peixes, na estrada que liga Cuiabá a Chapada dos Guimarães, o milho é a base da economia para cerca de 40 pequenos empresários. A produção e comercialização de pamonha, cural, bolos e outros derivados sustenta famílias e movimenta o turismo gastronômico da área cada vez mais crescente. Segundo a Associação de Moradores Mini e Pequenos Produtores Rurais da Comunidade de Rio dos Peixes, a indústria artesanal do milho gera um faturamento mensal de, aproximadamente, R$ 2,4 milhões e reforça a importância do grão como motor do desenvolvimento regional.

O milho conecta diversas gerações de comerciantes na altura do quilômetro 23 da MT-251. O pioneiro é Valdivino de Oliveira, proprietário da Pamonharia do Divino. Ele conta que se instalou na região em meados de 1986, pouco tempo depois de deixar Goiás - seu estado de origem. Uma escolha que se deu por estratégia, revela.

Como tinha uma pequena horta, comecei a fazer pamonha em Cuiabá, mas não deu muito certo no primeiro momento. Então, decidi partir para a beira da estrada, quando, literalmente, tudo era mato. Embora não tivesse comércio na área, tratava-se de um ponto que divide a capital da principal cidade turística do estado e com grande potencial de crescimento.

Ao longo de quase quatro décadas, a empresa expandiu e ganhou companhia na região, o que contribuiu para o surgimento de um novo polo do mercado de trabalho no estado. Estima-se que, pelo menos, 100 pessoas trabalham - direta ou indiretamente -no comércio da delícia oriunda do milho no Rio dos Peixes.

Apesar do desenvolvimento, a rotina segue intensa para Seo Divino e sua equipe de oito funcionários. De segunda a sexta, são cerca de 120 pamonhas comercializadas. Já aos sábados, domingos e feriados, o número salta para acima do dobro e beira 300 unidades vendidas.

Os trabalhos começam cedo, às 3h, descascar espigas e remover impurezas. Em seguida, é feita a ralagem e trituração do milho no processador industrial antes de temperar e preparar a massa - sendo que estes dois últimos eu não abro mão de fazê-los. Por fim, montamos as palhas levamos para o cozimento. É um trabalho com diversas etapas e que demanda mais da metade do dia, destaca.

Divino destaca que investir em pamonha foi fundamental para a carreira à frente dos negócios, bem como para o sustento da família. Todo o meu patrimônio foi construído por meio da produção e venda pamonha: casa, carros, alimentação, viagens, educação para todos os filhos e a segurança do lar, de forma geral. Foi uma aposta de 40 anos e que deu muito certo.





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Comentários (2)

  • Jomax

    Segunda-Feira, 07 de Julho de 2025, 08h39
  • A questão q a maioria da população, consumidora que frequenta a comunidade Rio dos peixes, não sabe q o milho usado para fazer pamonha, cural, etc...não é plantado em Mato Grosso, mas sim em Goiás. Isso é um absurdo, pois se fosse plantado aqui facilitaria para todos e o produto vendido seria mais barato. Até as frutas q são vendidas na beira da rodovia não são daqui de MT, mas vem do nordeste e até da Argentina. Ou seja, se fosse daqui seria tudo mais barato. E outra fato importante, os lugares ali tem q se estrutura mais, pois estacionaram no tempo. A estrutura é muito precária, não evolui no tempo. A Internet é ruim, os banheiros são de péssima qualidade, alguns não tem nem papel higiênico, sabonete. Ainda bem q os produtos proveniente do milho são bem feitos, e são pessoas q trabalham bastante. Espero q melhorem o conforto para os clientes, pois o mundo mudou e ali ainda está no século XX.
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  • Consumidor

    Domingo, 06 de Julho de 2025, 14h15
  • Já frequentei muitas vezes a comunidade rios dos peixes porém os comerciantes na gana de aumentar seus lucros passaram a adicionar fubá na pamonha o que acho um tremendo desrespeito com o consumidor pois vendem a pamonha como se fosse de milho e a mesma vem com adição de fubá, devido a esse desrespeito parei de frequentar a comunidade.
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