A 1ª Vara Cível de Cuiabá autorizou a venda de 30 mil sacas de Elaine Becker Pielke, Carlos Daniel Jacobsen Becker, além das empresas CEA Comércio de Combustível Ltda e Transportes Novo Paraíso Ltda, que movem um processo de recuperação judicial com dívidas de R$ 94,4 milhões. A decisão, publicada pelo juiz Márcio Aparecido Guedes no último dia 26, tem o objetivo de viabilizar o processo de recuperação judicial, com o pagamento de credores.
Segundo informações do processo, os grãos estão depositados na empresa Mutum Indústria e Comércio de Armazenamento e Beneficiamento de Cereais e Oleaginosas Ltda. Os empresários fundamentam seu pedido de venda de grãos pelo risco de perecimento do produto e nos custos de armazenagem.
O juiz Marcio Aparecido Guedes concordou com o pedido, determinando que a venda seja acompanhada pelo administrador judicial do processo de recuperação. “A alienação do estoque de soja visa assegurar a geração de receita indispensável à continuidade da atividade empresarial, à manutenção dos postos de trabalho e ao pagamento dos credores, evitando-se, ademais, a depreciação do ativo por fatores inerentes ao perecimento natural do produto agrícola", concordou o magistrado.
Conforme os autos da recuperação judicial, os empresários atuam em Nova Mutum (250 Km de Cuiabá) e colocaram a culpa em “fatores climáticos” para o acúmulo de dívidas. “Asseveram que no ano de 2023, sobreveio o fenômeno climático ‘El Ninõ’, que resultou na falta de chuvas, afetando negativamente as safras de grãos, e com o aumento das temperaturas influenciando no desenvolvimento das plantas, que por consequência diminui a produtividade”, diz trecho do processo.
O plano de recuperação judicial já foi recebido pelo Poder Judiciário. O próximo passo no processo é a eventual realização de uma assembleia de credores para discutir a proposta da organização para pagamento das dívidas.
Isaías Miranda - Jesus meu Tesouro!
Quarta-Feira, 04 de Junho de 2025, 03h41