Um frequentador do estádio, que prefere não ser identificado, relata que a situação ocorre em todas as partidas e cobra das autoridades providências. “Sei que esse terreno é do município. Se não pudermos parar aqui, tudo bem, mas acho absurdo ser obrigado a pagar para um flanelinha”.
Relata que o pagamento é feito de forma antecipada e que quando o jogo acaba nenhum dos guardadores estão no local. “Cobram para cuidar dos carros e impedir furtos, mas não ficam lá. Só tomam dinheiro das pessoas”. Quando há uma recusa no pagamento, diz, ameaças são feitas.
O quarteirão onde está localizado o Dutrinha pertencia à Federação Mato-Grossense de Futebol até 2011. Por conta de uma negociação, foi vendido ao município, que passou a ser dono de toda a área, inclusive da manutenção no estádio.
Segundo o secretário de Esportes da cidade, Carlos Brito, várias providências complementares, necessárias e obrigatórias, não foram realizadas pela antiga administração municipal. “Além do terreno, temos quiosques, lanchonete e outras empresas que possuíam contrato de concessão com a FMF e isso tem que ser respeitado”.
Brito pontua que no ano passado o assunto foi retomado e que a Pasta solicitou à Procuradoria-Geral do Município (PGM) um estudo para que haja a concessão das áreas para a iniciativa privada, de forma legal, garantindo assim arrecadação que será revertida para investimentos em outras instalações. 'Todos os permissionários já foram cientificados dessa necessidade do município em regularizar a situação”. Tão logo receba o parecer da PGM, Brito afirma que providências serão tomadas.