Mundo Terça-Feira, 29 de Agosto de 2023, 17h:32 | Atualizado:

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CASO ARIANE

Acusada de matar jovem confessa crime e pede perdão à mãe da vítima

 

G1

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RAYSSA E ARIANE.jpg

 

A jovem Raíssa Nunes, acusada de matar Ariane Bárbara, confessou o crime e pediu perdão à mãe da vítima, Eliane Laureano, durante júri popular do caso, em Goiânia (assista vídeo acima). Os réus Raíssa e Jeferson Cavalcante são julgados nesta terça-feira (29).

"Não iria dormir se não falasse a verdade", disse a jovem. “Tantas vezes que já pedi a Deus pra trazer a Ariane de volta”, completou Raíssa.

 

O interrogatório de Raíssa começou logo após a finalização dos depoimentos das testemunhas, que falaram até o início da tarde desta terça-feira (29). Antes de começar sua fala, a defesa de Raíssa afirmou ao juiz que a ré permaneceria em silêncio, mas a acusada disse que queria falar e começou a ser interrogada.

“Me falaram para não falar a verdade, mas eu não conseguiria não falar”, disse.

Também amigo dos réus, Enzo Jacomini Carneiro Matos, que usa o nome social de 'Freya', passou por júri popular em março deste ano e foi condenado a 15 anos de prisão por homicídio e ocultação de cadáver.

Crime narrado por Raíssa

Segundo narrado pela ré Raíssa Nunes durante o interrogatório, no dia do crime, ela e a menor estavam sentadas dentro do carro ao lado de Ariane, Jeferson estava dirigindo e Freya no banco da frente. Ela contou que quando tocou a música que elas escolheram como o “momento para o crime”, começou a enforcar Ariane.

“Ela começou a perguntar o que eu tava fazendo e a [menor] perguntou o que eu tava fazendo. Eu pensei que não tava agradando ela. Aí eu fui pro banco da frente. A Freya passou para o banco de trás e começou a enfocar a Ariane”, disse.

Em seguida, a menor teria chamado Raissa para o banco de trás e mandou que ela esfaqueasse a vítima.

“Fui eu quem dei a primeira facada, que foi no peito, ela tava ainda acordava”, completou.

Depois, as acusadas teriam jogado Ariane no porta-malas, ainda com o carro em movimento, porque a “tampa” já havia sido retirada. O celular da vítima foi destruído pela menor e jogado pela janela, segundo Raissa.

“A [menor] falou: Jeferson, Freya, eu tô muito orgulhosa de vocês, mas Raissa, eu tô decepcionada com você porque você não matou ela”, disse Raissa.

Após o crime, os acusados saíram para lanchar em um shopping. Raissa disse que Jeferson pagou o lanche.

Relembre o caso

De acordo com a denúncia do Ministério Público de Goiás (MPGO), Raissa, Jeferson e Freya teriam conhecido Ariane em uma pista de skate pública. O órgão explica que o trio atraiu a jovem dizendo que eles iam lanchar e depois, mediante violência física e golpes de faca, a mataram.

O crime aconteceu no dia 24 de agosto de 2021, por volta das 21 horas, no interior de um veículo. Narra a denúncia que, com o veículo em movimento, Raissa tentou estrangular Ariane, mas a força empregada não foi suficiente.

Ariane Bárbara, que tinha 18 anos, ficou sete dias desaparecida até ter o corpo encontrado em uma mata de um bairro de classe alta da capital. Na investigação, a polícia descobriu que três amigos e uma adolescente planejaram a morte, que seguiu uma espécie de ritual dentro do carro onde foi levada.

Segundo a polícia, o objetivo do crime era descobrir se Raíssa Nunes Borges, uma das amigas, era psicopata. Para isso, ela tinha que matar uma pessoa para avaliar a própria reação após o assassinato. Ariane Bárbara foi escolhida pelos amigos por ser pequena e magra. Assim, se ela reagisse, os três conseguiriam segurá-la com mais facilidade, segundo a polícia.

Saiba quem são os acusados do crime:

Freya Jacomini Carneiro: apontado como autora das facadas em Ariane dentro do carro; condenado a 15 anos de prisão por homicídio e ocultação de cadáver em março de 2023;

Jeferson Cavalcante Rodrigues: usou o próprio carro para levar o grupo no passeio e depois jogar o corpo numa mata;

Raissa Nunes Borges: apontada como autora de facadas.

Uma adolescente foi apreendida à época do assassinato, mas o processo corre em segredo de Justiça. Por isso, a reportagem não conseguiu informações sobre o depoimento e a participação dela.





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Comentários (1)

  • aquiles

    Terça-Feira, 29 de Agosto de 2023, 17h48
  • eu não perdoaria nunca, eles estavam sabendo o que ia fazer e foi premeditado, deveria apodrecer na cadeia.
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