De passagem por Salvador, nesta segunda-feira, 12, onde recebe o título de cidadão soteropolitano, o presidente do PSDB e pré-candidato a presidente da República Aécio Neves afirmou que é "praxe" do PT confundir o que é público do que é privado ou partidário. "Acho que de alguma forma é mais uma demonstração do pouco compromisso que alguns partidos políticos têm com respeito a legislação", criticou o presidenciável em entrevista coletiva, atacando o uso de recursos do fundo partidário para pagamento de advogados feitos pelo PT e pelo PR.
Com atraso de quase duas horas - "preso no trânsito de Salvador", conforme relativizou o tucano -, Aécio foi taxativo ao atacar os usos que o PT faz da máquina pública. "No PT isso tem sido uma praxe: a utilização de convocação de cadeia de rádio e televisão para objetivos partidários, essa dificuldade permanente em discernir e separar o que é público e o que é privado do que é partidário, tem sido uma marca dessa administração", afirmou.
O PR, também citado por uso do fundo partidário para o pagamento de advogados que atuaram no processo do mensalão, foi esquecido pelo presidenciável, apesar da indagação da imprensa. Segundo Aécio, "a princípio nos parece algo ilegal, que não atende ao que especifica a legislação partidária, sobre inclusive o destino do fundo partidário. Cabe, se confirmado isso, a justiça se manifestar, em especial a justiça eleitoral".
Sobre eventuais medidas adotadas pelo PSDB, Aécio preferiu cautela. "Vamos aguardar que o nosso departamento jurídico analise se há alguma medida a ser tomada", concluiu.