Mundo Sexta-Feira, 16 de Maio de 2014, 15h:18 | Atualizado:

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Aécio prega transparência fiscal e redução das bandas da meta de inflação

 

Terra

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O pré-candidato do PSDB à Presidência, senador Aécio Neves, prometeu nesta sexta-feira transparência na política fiscal, redução da margem de tolerância da meta de inflação e revisão das bases do acordo do Mercosul.

Durante discurso em São Paulo, o senador tucano disse que essa postura na política macroeconômica vai permitir recuperar a credibilidade perdida, segundo ele, no governo da presidente Dilma Rousseff (PT).

"É essencial interligar e coordenar a política macroeconômica, sem maquiagem para se alcançar o superávit primário, com transparência absoluta, e buscar alcançar o centro da meta de inflação com redução das bandas", disse Aécio durante evento na Câmara Americana de Comércio (Amcham).

"Isso é essencial para a retomada da credibilidade."

O governo tem sido criticado pela maneira como tem conduzido a política fiscal, especialmente por usar o que se chamou no mercado de "contabilidade criativa" e receitas extraordinárias para cumprir as metas de superávit primário.

A inflação, cuja meta é de 4,5 por cento com tolerância de 2 pontos percentuais, tem flertado nos últimos anos com o limite máximo de 6,5 por cento, como ocorreu em 2011.

A expectativa de economistas compilada pela pesquisa Focus do Banco Central aponta que o Índice Nacional de Preços ao Consumidor (IPCA) fique em 6,39 por cento neste ano e em 6 por cento em 2015.

Em abril, a inflação desacelerou a alta a 0,67 por cento e atingiu 6,28 por cento em 12 meses. Para combater a alta dos preços, o Banco Central já elevou a taxa Selic em 3,75 pontos percentuais, para 11 por cento ao ano, num ciclo de aperto iniciado no ano passado.

Aécio voltou a afirmar que, se eleito, colocará a simplificação tributária como prioridade para permitir a abertura de espaço fiscal para uma redução da carga tributária no médio ou longo prazos. No dado mais recente da Receita Federal, a carga fechou 2012 em 35,85 por cento do Produto Interno Bruto (PIB).

"No primeiro dia do governo, vou cortar pela metade os ministérios e criar uma secretaria extraordinária para apresentar e votar no Congresso Nacional uma reforma tributária em até seis meses", disse.

Ao fazer essa promessa, o senador mineiro antecipou o que seria a abertura do discurso de posse caso seja eleito. "Se pudesse antecipar aqui o discurso inaugural do meu governo seria... guerra total ao custo Brasil para que o Brasil possa simplificar o sistema tributário para abrir espaço fiscal para uma redução no médio e longo prazo a própria carga tributária", afirmou.

Aécio prometeu firmar parcerias com o setor privado para atacar os "grandes gargalos na economia", dando segurança jurídica e regras claras, o que, segundo ele, não foi ofertado pelo atual governo.

Aécio afirmou ainda que, se for eleito, pretende revisar o acordo do Mercosul para não deixar o Brasil preso às amarras da união aduaneira e pregou esforço para acordos comerciais com os Estados Unidos e a União Europeia.

O senador também prometeu impor cláusula de barreira para limitar atuação de partidos "que não significam absolutamente nada" e pregam a "mercantilização" dos apoios. Ele voltou a dizer ser favorável ao fim da reeleição com mandato de cinco anos. 

MENSALÃO

No evento na Amcham, o tucano fez um dos ataques mais afiados contra o PT neste momento pré-eleitoral ao lembrar o episódio do mensalão, no qual expoentes petistas como o ex-ministro José Dirceu e o ex-presidente da legenda José Genoino, entre outros, foram condenados e presos por envolvimento num escândalo de compra de apoio parlamentar no Congresso Nacional.

Ao se referir ao novo programa de televisão do PT, Aécio disse: "O PT brindou os brasileiros com uma apresentação exótica. Coloca o partido do mensalão como aquele que mais combateu a corrupção, apresenta um governo que realizou um grande número de obras de mobilidade, mas grande parte delas ficou pelo meio do caminho", afirmou.





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