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Alunos brasileiros nos EUA evitam sair e deixam redes sociais

Presidente dos Estados Unidos ameaça instituições de ensino

G1

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“Acho triste pedir para você não colocar meu sobrenome na reportagem. Não estou cometendo um crime.”

“A gente dá entrevista com medo.”

“Sinto muito, mas é um momento muito delicado, estou numa posição vulnerável.”

“Estou tremendo só de falar sobre isso.”

Essas são apenas algumas das dezenas de respostas dadas ao g1 por estudantes estrangeiros de universidades americanas. Quando questionados sobre as consequências práticas da “guerra” entre o governo Trump e instituições de ensino renomadas [entenda mais abaixo], como Harvard, Princeton e Columbia, eles costumam optar pelo silêncio ou pedir total anonimato.

São estratégias de proteção adotadas por alunos internacionais que, mesmo em situação legal nos Estados Unidos, querem garantir a oportunidade de se formar e de trabalhar no país. Em relatos à reportagem, eles contaram também que:

apagaram seus perfis em redes sociais;

fizeram uma “limpa” em posts antigos ou em grupos de Whatsapp;

deixaram de participar de atividades extracurriculares (como jornais do campus);

evitaram comparecer a protestos;

desistiram de viajar ao país de origem nas férias.

“É uma política partidária e ideológica de criar esse sentimento de medo para que os estudantes se calem. Ainda que não sejam ameaças individuais, é bom para o governo que a gente fique em silêncio”, diz ao g1 Núbia*, aluna brasileira da Universidade Harvard.

Na última campanha eleitoral para a presidência dos Estados Unidos, Donald Trump já havia exposto qual seria sua postura em relação a alunos estrangeiros: fez críticas ao programa de vistos estudantis, defendeu o monitoramento ideológico do grupo e prometeu “limpar universidades de espiões” vindos de outros países.

Desde janeiro, quando assumiu o posto, o republicano colocou em prática essa conduta:

Acusou universidades de elite de antissemitismo e doutrinação, e passou a ameaçá-las com punições, como cortes de verba, caso não aceitem exigências do governo.

Proibiu que Harvard tenha alunos internacionais — medida revogada pela Justiça americana.

Segundo o site Politico, ordenou a todos os consulados, nesta terça (27), que pausem a concessão de vistos estudantis.

Diego Scardone, vice-presidente da Harvard Brazilian Association (HBASS), conta que, de todos os casos que já chegaram até ele, os mais preocupantes são os de alunos recém-aprovados na universidade, que sequer conseguiram entrar nos EUA ainda.

“Eles comprometeram 90 mil dólares por ano para pagar a graduação, deram sinal de dois meses de aluguel em dólar, compraram passagem, mas não vão conseguir o visto? Isso é um absurdo. Estudantes estão sendo utilizados para fins políticos”, diz.





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Comentários (1)

  • Cesinha

    Quarta-Feira, 28 de Maio de 2025, 13h05
  • Cadê os apoiadores do ditador imperialista dos Estados Unidos!? Estados Unidos para os americanos, cadê o deputado Xuxu com falas nqcionalis5as e patriótica???? Brasil para os brasileiros, com fala de reprocidade???? soja para os brasileiros, carne barata para os brasileiros? cadê os patriotas???? Ou irão ficar na moita!!! pois tem um patriota filho de mito, querendo que o Brasil seja prejudicado para defender a família dele
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