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APÓS 3 MESES

Brasileira vítima de tráfico humano é resgatada em Mianmar

Pernambucana de 22 anos recebeu falsas promessas de emprego

G1

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Uma brasileira de 22 anos que estava sendo mantida em cárcere privado em Mianmar, na Ásia, foi resgatada pela Polícia Federal (PF) e retornou ao Recife na madrugada desta segunda-feira (9). Ela é pernambucana e foi vítima de tráfico internacional de pessoas para fins de exploração sexual (veja vídeo acima). Por causa desse crime, dois chineses foram presos no Aeroporto de Guarulhos, em São Paulo, na sexta-feira (6), quando chegaram em um voo vindo do Camboja.

A jovem, que morava na cidade de Prazeres, em Jaboatão dos Guararapes, no Grande Recife, não teve o nome divulgado pela polícia. Ela estava há três meses sendo mantida em cárcere privado e submetida à exploração sexual em um hotel em Mianmar, país do sudeste asiático.

A Operação Double Key da Polícia Federal teve início na primeira semana de junho, após a PF receber informações de que uma recifense tinha sido vítima de tráfico de pessoas. A jovem foi encontrada após ter o nome incluído na lista de Difusão Azul da Organização Internacional de Polícia Criminal (Interpol), que busca reunir informações sobre o paradeiro de uma pessoa.

Após retornar ao Brasil e prestar depoimento à Polícia Federal, a jovem foi escoltada até um endereço sigiloso para resguardar sua segurança. As investigações continuam e têm como alvo uma quadrilha formada, em sua maioria, por chineses legalmente estabelecidos no Brasil.

"Falsas promessas de ganhos fáceis direcionadas a pessoas de baixa renda ou situação de vulnerabilidade se transformam em um pesadelo quando a pessoa se depara com uma situação de, praticamente, escravidão. A vítima resgatada se refere a um dos seus algozes como 'dono'. É uma situação extremamente deprimente", disse o delegado Márcio Tenório.

Os dois homens presos aguardam audiência de custódia e responderão por organização criminosa e tráfico internacional de pessoas para fins de exploração sexual. Os aparelhos celulares dos investigados também foram apreendidos e devem passar por perícia para ajudar nas investigações.

Ainda na operação, uma brasileira sofreu medidas cautelares, sendo alvo de mandado de busca e apreensão em sua residência, na cidade de São Paulo (SP). De acordo com a Polícia Federal, ela era responsável pelo aliciamento de pessoas.

A quadrilha atraia jovens brasileiras com falsas promessas de emprego no Estado de Karen. A região, nos últimos anos, vem recebendo investimentos e uma série de empreendimentos comerciais estão sendo construídos, como hotéis e cassinos. Já os homens captados pelos criminosos eram levados para atuarem em esquemas de fraudes eletrônicas online, sendo forçados a trabalhar em call centers voltados à aplicação de golpes.

 





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