Luken Cesar Burghi Augusto, um dos criminosos mais procurados do Brasil, foi morto por policiais da Rondas Ostensivas Tobias de Aguiar (Rota) após entrar em confronto com os agentes em Praia Grande, no litoral de São Paulo. A informação foi divulgada pelo secretário estadual de Segurança Pública, Guilherme Derrite (assista acima).
Apontado como chefe da facção criminosa Primeiro Comando da Capital (PCC), Luken tem histórico de envolvimento em crimes de grande repercussão. Ele foi condenado a 46 anos e 11 meses de prisão pelo mega-assalto à empresa de transporte de valores Protege, em Araçatuba (SP).
O confronto que terminou com a morte do criminoso ocorreu na noite de sábado (9), na Avenida Dom Pedro II, no bairro Ocian. De acordo com a Polícia Militar (PM), uma equipe da Rota estava em patrulhamento quando identificou Luken.
Durante a abordagem, o criminoso reagiu à tentativa de prisão e atirou contra os policiais, que reagiram e atingiram o homem. Nenhum agente ficou ferido.
De acordo com a Secretaria de Segurança Pública de São Paulo (SSP-SP), no local foram apreendidos uma pistola calibre 9mm, munições, documentos com suspeita de falsificação e estojos de munição. A perícia foi acionada e exames residuográficos foram solicitados.
Guilherme Derrite usou as redes sociais para se manifestar sobre o caso. "Infelizmente, o indivíduo optou pelo confronto, atirou nos policiais e não restou outra alternativa a não ser a neutralização", afirmou o secretário.
Mega-assalto
O crime aconteceu em outubro de 2017, em Araçatuba (SP). Um policial civil foi assassinado durante a ação da quadrilha que explodiu o prédio de uma empresa de valores.
À época, a companhia Protege confirmou para a polícia que os criminosos teriam aproximadamente R$ 10 milhões da sede.
Câmeras de segurança de um imóvel registraram a ação da quadrilha (veja abaixo). O g1 noticiou que cerca de 30 homens participaram do assalto, que levou pânico aos moradores.
Nas imagens, é possível ver os criminosos ameaçando motoristas que passavam pela rua entre a empresa e o quartel da PM. Os homens estavam armados com fuzis, e usavam capacete, colete e máscara. Ao verem a movimentação, alguns motoristas voltaram de ré. Outros que não perceberam a ação criminosa foram recebidos a tiros na rua.
Após ameaçar os motoristas, os criminosos incendiaram dois veículos para impedir a saída dos policiais do quartel próximo à sede da empresa. Houve troca de tiros.
Parte da quadrilha foi até a sede da Protege e explodiu o imóvel. Moradores do bairro relataram ao menos quatro explosões, que destruíram o prédio. O grupo ficou cerca de 40 minutos no local.
O policial civil André Luís Ferro da Silva, de 37 anos, estava de folga e foi até o local ao ser chamado pelos pais, que moram perto da empresa, onde acabou baleado.
Silva foi socorrido com vida, mas morreu enquanto era atendido na Santa Casa da cidade. Ele era integrante do Grupo de Operações Especiais (GOE).
Cuiabano
Segunda-Feira, 11 de Agosto de 2025, 12h10