O presidente da Rússia, Vladimir Putin, ordenou nesta sexta-feira a devolução do armamento, incluindo embarcações e aviões, das unidades militares que guardaram lealdade à Ucrânia até o último momento na Crimeia.

Já o ministro russo da Defesa, Sergei Shoigu, anunciou que "a retirada (desde a Crimeia) das unidades do exército ucraniano que manifestaram sua vontade de seguir à serviço das Forças Armadas da Ucrânia foi concluída".

"Também concluímos a mudança dos símbolos estatais em todos os navios e destacamentos que passaram para o lado do Exército russo", disse Shoigu em um encontro do presidente com autoridades do país.

Além de ter ordenado a devolução do armamento confiscado, Putin parabenizou os militares russos da Frota do Mar Negro, com base na Crimeia, por seu sangue frio e profissionalismo.

"Os recentes eventos na Crimeia foram um sério exame e uma demonstração das novas possibilidades de nossas Forças Armadas e da alta moral de seus soldados", declarou o líder do Kremlin.

Putin destacou que a atitude dos militares russos na Crimeia "evitou o derramamento de sangue e garantiu as condições para a realização pacífica e livre do referendo" sobre a incorporação da península à Rússia.

"Pela frente temos um grande trabalho para modernizar as estruturas militares (russas) na Crimeia", concluiu o presidente russo.