Após o Supremo Tribunal Federal (STF) impor o uso de tornozeleira eletrônica ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), o deputado federal Filipe Barros (PL) pediu ajuda da Organização das Nações Unidas (ONU) e outros organismos internacionais. A medida foi anunciada nesta sexta-feira (18/7) pelo parlamentar, que é presidente da Comissão de Relações Exteriores e Defesa Nacional (CREDN) da Câmara dos Deputados.
Na rede social X, Barros classificou a recente decisão contra o ex-presidente como “perseguição”. Por isso, pediu providências urgentes do Alto Comissário da ONU para Direitos Humanos, Volker Türk. Além disso, o deputado acionou o secretário-geral da Organização dos Estados Americanos (OEA) e a Comissão Interamericana de Direitos Humanos.
Entre os casos apontados pelo parlamentar, por meio de ofícios e representações, estão a “criminalização da dissidência política no Brasil”, “ameaça à ordem democrática brasileira” e a “possível violação de direitos políticos e do devido processo legal”.
Barros é o presidente da CREDN desde março. Ele foi alçado ao cargo após Eduardo Bolsonaro (PL), antes apontado como o nome para chefiar a comissão na Câmara, se licenciar do mandato parlamentar em busca de retaliações contra autoridades brasileiras nos Estados Unidos.
Bolsonaro na mira da PF
Em meio ao julgamento no STF, onde enfrenta a acusação de ter chefiado uma organização criminosa que planejou um golpe de Estado em 2022, Bolsonaro foi alvo de uma operação da Polícia Federal (PF) nesta sexta-feira (18/7). Além de ações de busca e apreensão, medidas cautelares foram impostas contra o ex-presidente, como o uso de tornozeleira eletrônica e a proibição de acessar redes sociais.
De acordo com o ministro Alexandre de Moraes, responsável pelos pedidos e pela autorização da operação policial, as medidas preventivas foram tomadas para evitar uma possível fuga de Bolsonaro do país, em meio ao julgamento que corre no STF.
Segundo a PF, Bolsonaro, ao lado do filho e deputado federal Eduardo Bolsonaro, atuou para que sanções fossem impostas pelos EUA contra autoridades brasileiras. O objetivo, de acordo com as investigações, é impedir o funcionamento do STF, e consequentemente da ação que pode levar a uma condenação do ex-presidente brasileiro.
A operação contra Bolsonaro surge após o presidente norte-americano, Donald Trump, taxar em 50% as exportações de produtos do Brasil para os EUA. Em recentes declarações, o líder republicano confirmou que a medida possuí um plano de fundo político, e é uma retaliação direta ao julgamento do ex-presidente no STF.
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Sexta-Feira, 18 de Julho de 2025, 20h37alexandre
Sexta-Feira, 18 de Julho de 2025, 20h28