Um grupo de dez partidos concentra 60% de todos os pedidos do Ministério Público para barrar candidatos nestas eleições com base na Lei da Ficha Limpa. Como mostrou o Congresso em Foco nesta sexta-feira (15), há 434 políticos com problemas no registro das candidaturas, a maioria referente a contas rejeitadas, condenações criminais ou de improbidade administrativa. O pedido de contestação, chamado de impugnação, não significa que o candidato é um “ficha suja”: é necessário esperar o julgamento dos tribunais eleitorais e, ainda assim, cabem recursos, período em que o político pode continuar pedindo votos.
Em todo o Brasil, os 434 candidatos ameaçados pela Lei da Ficha Limpa representam 2% dos mais de 24 mil que buscam um cargo público nestas eleições. Em média, cada partido tem 14 políticos nesta situação.
Veja os nomes: os políticos ameaçados pela Lei da Ficha Limpa
À frente do grupo, o PMDB tem 50 políticos na mira do Ministério Público Eleitoral. A quantidade representa 4,3% dos 1.170 candidatos peemedebistas lançados este ano. Em segundo lugar, vem o PT, com 44 políticos ameaçados (3,4% do total de candidatos), seguido de PSB, com 30 (2,4%), PP, com 25 (3,3%) e PDT, com 20 (2%).
Junto com PSDB, PR, PSD, PTB e PV, esses dez partidos somam 261 questionados na Justiça, ou seja 60% de todos os ameaçados do país.