O sorriso espontâneo era característica marcante de Daniele Priscila Batista. Ela era conhecida pela simpatia e por colocar amor em tudo o que fazia para os amigos e familiares. Os mesmos que hoje lamentam a despedida.
Daniele era engenheira clínica e morreu de Covid-19 aos 32 anos, em Sorocaba (SP), após ficar 14 dias internada com Covid-19. Ela chegou a ser intubada no dia 29 de junho, mas não resistiu à doença e morreu no dia 8 deste mês.
Em entrevista ao G1, a prima da jovem, Mariane Alves de Oliveira, de 30 anos, relatou que Daniele não tinha doenças preexistentes e buscava tomar todos os cuidados de prevenção ao coronavírus. "Ela estava de homeoffice, ela era analista de assuntos regulatórios. Fez curso técnico, faculdade, falava inglês, era muito estudiosa. Era filha única, uma princesa e 'blogueirinha', como ela falava (risos)."
Mariane conta que quando Daniele foi internada com a doença, ela ainda se recuperava de uma fratura que sofreu no braço enquanto andava de patins, uma de suas maiores paixões, descoberta neste ano.
No dia 12 de junho, Daniele saiu para comemorar o Dia dos Namorados com o noivo que a havia pedido em casamento há seis meses. Ela caiu de patins, quebrou o braço e precisou passar por uma cirurgia. Quando voltou para casa, os sintomas da doença começaram a surgir.
Daniele procurou atendimento médico e foi internada no dia 24 do mês passado. A última vez que Mariane conversou com a prima foi um dia antes da intubação.
Mariane tinha perdido a mãe para a doença no dia 28 de junho e Daniele chegou a mandar uma mensagem de conforto para a prima após saber da morte. "A Dani me disse que estava muito chateada com a morte da minha mãe. Eu disse para ela focar na recuperação dela e ela falou que ia ficar bem, que me amava e que logo estaria em casa. Ela era uma pessoa muito dedicada, esforçada, um mulherão."
O tom da voz de Mariane durante a entrevista ao telefone não esconde a dor da ausência. Com um filho de 2 anos e uma menina de três meses, ela tenta encontrar forças para cuidar dos pequenos e se apega às boas lembranças que guarda da prima. “Ela tinha sido pedida em casamento no fim do ano passado, estava muito feliz e apaixonada. Tinha comprado um apartamento com o noivo, reformou inteirinha a casa da mãe, deixou maravilhosa. Foi um baque para a família.”