Mundo Quarta-Feira, 16 de Fevereiro de 2022, 15h:39 | Atualizado:

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EXTORSÃO

Ex-companheiros pagam advogado para ex-Vasco preso

 

Globoesporte

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Familiares e amigos de Max, ex-lateral do Vasco preso na quarta-feira da semana passada acusado de extorsão e formação de quadrilha, tentam provar que ele é inocente. Max, 31 anos, foi preso em flagrante ao lado de João Corrotti Junior, 22 anos, e Vinícius Barreto de Souza Jesus, 21. Os três encontram-se detidos na Casa de Custódia de Benfica, na Zona Norte do Rio de Janeiro.

A defesa de Max, João e Vinícius sustenta que os três amigos foram apenas cobrar uma dívida de cerca de R$ 20 mil de Márcio Alexandre Carneiro Varella, 54 anos, a vítima da extorsão. O valor é referente a um carro que Max vendeu a Márcio cerca de 12 anos atrás - a própria vítima reconheceu a dívida em depoimento na 10ª Delegacia de Polícia, em Botafogo.

Márcio, que é vendedor de automóveis, contou aos policiais na manhã do dia 9, quarta-feira, que no dia anterior teve o celular roubado pela quadrilha e que foi obrigado a se dirigir a um cartório para passar um dos seus veículos para o nome de Max, tendo, dessa maneira, sua liberdade restringida. Ele e um funcionário disseram que, a todo momento, um dos rapazes mantinha a mão em uma pochete "simulando estar armado".

Como não conseguiram concluir a transferência do veículo naquele dia pois o cartório estava fechado, Márcio foi deixado em casa pelos três, que combinaram de se encontrar com ele em outro cartório no dia seguinte às 9h. Antes disso, logo pela manhã, no entanto, ele prestou queixa na delegacia e disse estar sendo vítima de extorsão. Os policiais foram até o cartório onde Max, Vinícius e João estavam e os prenderam em flagrante.

Advogado de defesa, Pablo Andrade alegou, por meio de nota, que o três foram ingênuos e refutou qualquer possibilidade de haver crime de extorsão ou formação de quadrilha.

"Houve uma cobrança de dívida, e isso o Max não nega. Mas entre uma cobrança de dívida e um crime de extorsão, lá se vão 20 quilômetros", afirmou.

Na sexta-feira, dia 11, a audiência de custódia validou a ação dos policiais e, a pedido do Ministério Público, converteu a prisão em flagrante em prisão preventiva, o que significa que os amigos (que permaneceram algemados durante a audiência sob o pretexto de "preservação da integridade física dos presentes") vão ficar na cadeia enquanto o processo se desenrola. O caso agora está nas mãos de um Juiz da 42ª Vara Criminal da Comarca da Capital. Tão logo saiu o resultado, a defesa entrou com um pedido de revogação da prisão preventiva que ainda será apreciado.

- A gente só quer justiça, que a verdade seja revelada. Ele caiu numa cilada - lamentou Ivete da Silva, mãe de Max, em conversa por telefone com o ge.

O lateral-direito Max tem no currículo passagem por diversos clubes, como Paysandu, America, Macaé, ABC e Cabofriense. Sua última equipe foi o Palmas, de Tocantins, em 2019. Ele é cria das categorias de base do Vasco, onde surgiu como profissional em 2010. Nos últimos dias, a campanha "JustiçaPorMaxeosAmigos" ganhou força na internet, principalmente com as publicações de Souza e Alex Teixeira, ambos jogadores do Besiktas e que foram companheiros de Max na base do Vasco.

Souza e Alex, inclusive, estão ajudando a pagar as custas com advogado.





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