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POR ANISTIA

Ministro diz que Bolsonaro confessou extorsão contra Justiça brasileira

Ministro do STF proibiu ex-presidente de falar com autoridades estrangeiras

G1

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O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF) afirmou, ao impor medidas restritivas a Jair Bolsonaro (PL) e autorizar as buscas desta sexta-feira (18), que o ex-presidente confessou uma tentativa de extorsão contra a Justiça brasileira ao condicionar o fim do tarifaço de Donald Trump à própria anistia.

Em 9 de julho, o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciou tarifa de 50% sobre todas as exportações brasileiras, alegando que Bolsonaro sofria uma "caça às bruxas" e fazendo ataques ao Supremo Tribunal Federal (STF).

Depois da medida, Bolsonaro começou a fazer manifestações associando a retirada dessas tarifas à anistia. No domingo (13), ele afirmou que não se alegrava com o tarifaço, e que com a anistia haveria "paz para a economia". Na quinta (17), afirmou: "Vamos supor que Trump queira anistia. É muito? É muito, se ele pedir isso aí? A anistia é algo privativo do parlamento. Não tem que ninguém ficar ameaçando tornar inconstitucional", disse.

Para o ministro, Bolsonaro pode ter cometido os crimes de coação no curso do processo, obstrução de investigação que envolve organização criminosa e atentado à soberania nacional (entenda o que são esses crimes).

"A conduta do réu JAIR MESSIAS BOLSONARO [...] é tão grave e despudorada que na data de hoje (17/7/2025), em entrevista coletiva, sem qualquer respeito à Soberania Nacional do Povo brasileiro, à Constituição Federal e à independência do Poder Judiciário, expressamente, confessou sua consciente e voluntária atuação criminosa na extorsão que se pretende contra a Justiça brasileira, CONDICIONANDO O FIM DA “TAXAÇÃO/SANÇÃO” À SUA PRÓPRIA ANISTIA", escreveu Moraes.

Na mesma decisão, Moraes aponta que a “intenção criminosa” do ex-presidente é “patente e escancarada” e afirma que as ações se intensificaram após, na segunda-feira (14), a procuradoria-Geral da República (PGR) entregar as alegações finais e pedir a condenação de Bolsonaro no inquérito da tentativa de golpe.

Segundo o ministro, Bolsonaro estimulou a atuação do governo dos Estados Unidos contra autoridades brasileiras, como parte de uma estratégia para pressionar o Supremo obstruir o inquérito do golpe. Para o magistrado, Bolsonaro, em conjunto com o filho Eduardo Bolsonaro (PL-SP), que está nos Estados Unidos, cometem "atentados à soberania nacional" com o objetivo de interferir em processos judiciais, desestabilizar a economia e pressionar o Poder Judiciário, em especial o STF.

Na decisão, Moraes destacou o auxílio financeiro que Bolsonaro mandou para Eduardo, quando ele já estava nos Estados Unidos. Em depoimento no inquérito da trama golpista, Bolsonaro admitiu ter repassado R$ 2 milhões via PIX para o filho, em 13 de maio de 2025.

"A Procuradoria-Geral da República (PGR) considerou que esta vultosa contribuição financeira é um forte indício do alinhamento do réu JAIR MESSIAS BOLSONARO com o seu filho", disse o ministro.

Moraes proibiu Bolsonaro de falar com autoridades estrangeiras, de se aproximar ou entrar em embaixadas ou consulados de outros países e de usar as redes sociais.

Moraes determinou, ainda, que o ex-presidente use tornozeleira eletrônica e o proibiu de sair de casa entre as 19h e as 6h e aos finais de semana.

Além disso, autorizou buscas contra o ex-presidente. Na casa dele, foi apreendida a petição inicial de uma ação que a plataforma de vídeos Rumble move contra o ministro do STF. A plataforma acusa Moraes de censura e pede que ordens do juiz brasileiro para derrubada de contas de usuários da plataforma não tenham efeito legal nos Estados Unidos.

O processo que o Rumble apresentou à Justiça dos Estados Unidos contra Moraes, em fevereiro, foi aberto em conjunto com o grupo de comunicação Trump Media & Technology Group, do presidente dos EUA, Donald Trump.

O que diz Bolsonaro

Em entrevista após colocar a tornozeleira eletrônica, Bolsonaro disse que investigação contra ele é política e "suprema humilhação". E negou que pense em sair do país ou se refugiar em alguma embaixada (convenções internacionais restringem a possibilidade de prisão nesses locais)

“Nunca pensei em sair do Brasil ou ir para embaixada”, afirmou o ex-presidente, em reação às proibições impostas a ele.





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Comentários (2)

  • Carlos Nunes

    Sexta-Feira, 18 de Julho de 2025, 16h40
  • Pois é, Welson...acusam o Bolsonaro, aí ele explica que não é nada disso...aí é mais uma Narrativa Criativa que não deu em nada. O Brasil virou o país das Narrativas. O que não é Narrativa? É realidade dura, nua e crua. Exemplo: tio TRUMP tinha taxado o Brasil em somente 10%. Aí tio Lula fez um discurso antiamericano no Encontro do BRICS, e conspirou contra O DÓLAR. Conspirar contra a moeda americana significa declarar Guerra aos Estados Unidos. Tio TRUMP assistiu a gravação, ficou furioso e passou a tarifa de 10% pra 50%. Se tio Lula não atacasse os Estados Unidos, não conspirasse contra O DÓLAR...Hoje a tarifa ainda seria de 10%. Tio Lula cismou com O DÓLAR e quem vai pagar por isso será o povo brasileiro.
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  • welson

    Sexta-Feira, 18 de Julho de 2025, 16h06
  • gente que horror!!!! pior que eu via aqui aquele tal de Carlos Nunes dizendo que era tudo falacias e narrativas. Deve ter quebrado a cara né? kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk
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