Mundo Quarta-Feira, 04 de Junho de 2025, 13h:00 | Atualizado:

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FORAGIDA

Moraes atende à PGR e determina prisão preventiva de Carla Zambelli

Ela fugiu do Brasil por medo de ser presa após condenação a 10 anos de prisão

METRÓPOLES

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O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), atendeu, nesta quarta-feira (4/6), pedido da Procuradoria-Geral da República (PGR) e determinou a prisão preventiva da deputada federal Carla Zambelli (PL-SP), após ela anunciar que deixou o Brasil.

O ministro também acatou outra solicitação da PGR e determinou que a PF realize os procedimentos necessários à inclusão de Zambelli na difusão vermelha da Interpol, bem como informe ao juízo sua localização, para viabilizar o competente pedido de extradição. Os países que poderão ser o destino da parlamentar deverão ser comunicados sobre a decisão do ministro.

“No caso de Carla Zambelli Salgado de Oliveira, é inequívoca a natureza da alegada viagem à Europa com o objetivo de se furtar à aplicação da lei penal, em razão da proximidade do julgamento dos embargos de declaração opostos contra o acórdão condenatório proferido nestes autos e a iminente decretação da perda do mandato parlamentar”, observou Moraes em sua decisão.

Na decisão, Moraes também determinou os respectivos bloqueios:

dos passaportes da deputada, inclusive o diplomático;

do salário pago pela Câmara dos Deputados, incluindo a verba de gabinete;

dos bens, dos ativos e das contas bancárias e de quaisquer tipos de transferências, inclusive para recebimento de Pix, bem como de cartões de crédito/débito, e investimentos ativos;

dos veículos, dos imóveis e das embarcações e das aeronaves que estejam registrados no nome de Zambelli;

de títulos privados, títulos públicos e derivativos, aplicações em fundos de investimento, VGBL, PGBL, aplicações em LCA e LCI, aplicações em CDB’s, RDB’s, COE, ouro e afins, previdência privada, cartas de consórcio e criptomoedas; e

de todas as redes sociais da deputada, sob pena de multa diária de R$ 100 mil às empresas que as mantiverem em funcionamento.

Moraes ainda ressaltou que, ao sair do Brasil, Zambelli “pretende insistir nas condutas criminosas, para tentar descredibilizar as instituições brasileiras e atacar o próprio Estado Democrático de Direito, o que justifica, plenamente, a decretação de sua prisão preventiva”.

Condenada

Zambelli está condenada pelo STF a 10 anos de prisão e à perda do mandato, devido ao envolvimento da parlamentar na invasão do sistema do Conselho Nacional de Justiça (CNJ). 

Nessa terça, ela informou que já está fora do Brasil há alguns dias. “Eu queria anunciar que estou fora do Brasil. Já faz alguns dias. A princípio, buscando um tratamento médico, é um tratamento que eu já fazia aqui [sem especificar o lugar]. Vou pedir afastamento do cargo”, disse a deputada ao canal AuriVerde, no YouTube.

A manifestação da PGR pela prisão da deputada pede, ainda, a suspensão do passaporte de Zambelli, com imediata comunicação aos países, e o sequestro e a indisponibilidade de bens, direitos e valores, visando assegurar a reparação do dano até o limite imposto pela condenação. Apesar de informar nesta terça que pedirá o afastamento do cargo, Zambelli ainda aparece no site da Câmara dos Deputados como parlamentar em exercício.

Ida à Europa

Carla Zambelli disse que vai ficar na Europa por ter cidadania europeia e que vai “denunciar a ditadura” que o Brasil, segundo ela, vive. “Vou me basear na Europa. Eu tenho cidadania europeia, então estou muito tranquila em relação a isso. Gostaria de deixar bem claro que não é um abandono do país. Não é desistir do país, muito pelo contrário, é resistir. É voltar a ser a Carla que eu era antes das amarras que essa ditadura nos impôs”, declarou a parlamentar.

“Vou levar isso em todos os países da Europa. Vou denunciar em todas as Cortes que a gente tiver na Europa”, completou.

Condenação ainda é contestada

Apesar da determinação do STF em relação ao mandato, Zambelli não perdeu o cargo automaticamente. A perda da função de deputada só pode ser concretizada pela Câmara dos Deputados. O que está valendo é a inelegibilidade da parlamentar por oito anos.

 

“Cerceamento de defesa”

Mesmo condenada, a defesa de Zambelli já entrou com recurso contra a decisão, tomada pela Primeira Turma da Corte. No recurso protocolado, os advogados da deputada alegam “cerceamento de defesa”, ao afirmar que não tiveram acesso completo a provas importantes para o caso, como os cerca de 700 GB de dados armazenados na plataforma “mega.io”.

A defesa pede que o STF reconheça esse ponto, conceda acesso integral aos documentos e, com base nisso, absolva a parlamentar. Foi solicitado, ainda, que sejam afastadas outras consequências da condenação, como a perda de mandato.





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Comentários (3)

  • Zeca do Centro

    Quarta-Feira, 04 de Junho de 2025, 16h53
  • É muito facil, apontar arma para uma pessoa na rua em plena eleição, tentar invadir os computadores do CNJ e ainda inserir um mandado de prisão contra um um juiz, e de praticar tantas outras irregularidades/delitos, coisas que essa cidadã de bem fez e continua fazendo, e ainda por cima diz que o País vive uma ditadura e por isso fugiu... "Pois eu tenho cidadania Europeia"... Nesse ponto eu me pergunto: como será essa cidadania? Eu pensava que as pessoas tivessem cidadania italiana, portuquesa, espanhora, francesa e assim vai, e não uma cidadania da europa inteira (contem ironia)... Enfim, vamos ver as cenas dos proximos capítulos - pensamos se vivemos realmente numa ditatura como ela e outros políticos gritam para todos os cantos, como que eu consigo postar essa mensagem e voce consegue fazer a leitura dele, como que eu acordo de manha sendo no meu trono e olho meu instagram, meu face, meu X, leio as noticias, assisto ao jornal, converso com meu vizinho, falo de política no meu trabalho (as vezes até discuto) e nem por isso fui impedido de fazê-lo ou recebi uma informação que aquele site tem seu acesso bloqueado. O problema que as pessoas confundem liberdade com libertinagem, acham que podem fazer o que quiserem, sem consequências, e se as consequências chegam acham que estão sendo perseguidos e que vivemos em uma ditadura. Ditadura é uma parte do que vivemos em de 2019 a 2022, em que um reporter se quer podia fazer uma pergunta que não estava combinada que era chamado de esquerdista, era quando o nosso presidente (na epoca) imitava pessoas sufocadas sem ar por conta da pandemia, era quando a policia federal não podia se quer investigar algo que envolvesse a familia desse dito presidente, era quando tudo para ser aprovado necessitava de "um ORÇAMENTO SECRETO", onde ninguem sabia para onde o dinheiro público estava indo. Enfim, pensando em tudo isso, SERÁ QUE REALMENTE ESTAMOS VIVENDO EM UMA DITADURA?
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  • Eduardo Pedroso

    Quarta-Feira, 04 de Junho de 2025, 15h03
  • A moda agora é soltar bandido e traficante e perseguir a oposição. Como é que chama isso mesmo ?
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  • Carlos Nunes

    Quarta-Feira, 04 de Junho de 2025, 14h02
  • Eu fico muito triste com essas noticias. Tudo são narrativas para nos deixar tristes aqui neste pais.
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