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FUGA DE ZAMBELLI

PGR analisa reação e pedido de prisão não está descartado

Deputada bolsonarista foi condenada pelo Supremo a 10 anos de prisão

G1

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A Procuradoria-Geral da República (PGR) está analisando possíveis reações após a deputada federal Carla Zambelli (PL-SP) ter anunciado que deixou o país e está na Europa. Segundo fontes envolvidas no tema, não está descartado um pedido de prisão preventiva. O anúncio ocorre após a condenação de Zambelli, pelo Supremo Tribunal Federal (STF), a 10 anos de prisão pela invasão ao sistemas do Conselho Nacional de Justiça (CNJ).

De acordo com a denúncia, a deputada orientou o hacker Walter Delgatti Neto a invadir o sistema do CNJ para inserir documentos falsos, incluindo um mandado de prisão contra o ministro do STF Alexandre de Moraes. Ela foi condenada por unanimidade.

Relembre a trajetória de Carla Zambelli

Zambelli disse que irá se licenciar do mandato, mencionado ação semelhante do colega de partido, Eduardo Bolsonaro (PL-SP). Em transmissão no Youtube, a parlamentar afirmou que havia viajado para tratamento médico e que agora permanecerá no continente europeu. Ela não informou em que país está.

"Queria anunciar que estou fora do Brasil já faz alguns dias. Eu vim, a princípio, buscando tratamento médico que eu já fazia aqui e, agora, eu vou pedir para que eu possa me afastar do cargo", afirmou a deputada. 

Em entrevista divulgada pela defesa da deputada – um dos advogados anunciou que renunciará à defesa de Zambelli após o anúncio – a parlamentar disse que continuará recorrendo contra a decisão do STF. "Vou continuar lutando pelo meu mandato e pela verdade, mas agora de fora do país, diante do atual cenário”, afirmou.

Ministros veem fuga

Em 2023, o passaporte de Zambelli chegou a ser apreendido durante as investigações que eventualmente levaram à condenação, mas o documento foi devolvido posteriormente. Assim, a deputada não tinha restrições para deixar o país. Ministros do STF ouvidos pelo blog da Andrea Sadi, no entanto, veem a saída da deputada do país como uma fuga para evitar os possíveis efeitos da condenação. A avaliação é de que, caso fique comprovado que o objetivo da viagem seja escapar da aplicação da lei, a prisão preventiva pode ser decretada e a deputada incluída na lista da Interpol.

"Se o próprio Poder Judiciário restituiu o documento a parlamentar, não há, em princípio, justa causa para se considerá-la fugidia, em escape. Todavia, se se demonstrar que a saída dela do nosso território nacional teve por objetivo evitar a iminente aplicação da lei penal, então, neste caso, se poderá considerar o status de foragida, podendo-se comunicar a Interpol para que se localize a apenada", explica o jurista Gustavo Sampaio.

 





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