Mundo Terça-Feira, 19 de Novembro de 2024, 20h:00 | Atualizado:

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ARSENAL DE GUERRA

Plano para matar Lula previa uso de granadas e metralhadoras

 

O GLOBO

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MILITARES PRESOS.jpg

 

O plano de assassinar o presidente Lula e o vice, Geraldo Alckmin, previa o uso de um arsenal com alto poderio bélico, descrito em detalhes na decisão do ministro Alexandre de Moraes que ordenou a operação de hoje sobre cinco alvos militares envolvidos na trama. O documento com o plano foi impresso no Palácio do Planalto durante a gestão de Jair Bolsonaro e apreendido pela Polícia Federal com o general Mário Fernandes, cujo nome de guerra era general Mario.

De acordo com o despacho de Moraes, na lista de armanentos que deveriam ser utilizados pelos golpistas no dia 15 de dezembro – data prevista para o assassinato de Lula, Alckmin e do próprio Moraes, seguido por um golpe de estado – estavam granadas, metralhadoras e pistolas de uso militar. Essas armas foram listadas pelo general Mario no documento que detalha o planejamento da ação, intitulada pelos golpistas de “Punhal Verde e Amarelo”.

Na relação estão quatro pistolas 9 mm, quatro fuzis de diferentes calibres, uma metralhadora M249, além de um lança-granada 40 mm e um lança rojão AT4. De acordo com o despacho de Moraes, “são armamentos de guerra comumente utilizados por grupos de combate”.

Fernandes e os outros envolvidos no plano golpista são egressos das forças especiais, a tropa de elite do Exército, especializados em ações em campo aberto, guerrilha e contraguerrilha. São apelidados de kid pretos, por atuarem muitas vezes usando balaclavas dessa cor para esconder o rosto.

Na lista, fica claro que eles tinham conhecimento técnico e escolheram as armas com funções bastante específicas. Na descrição da PF, a M249 “é uma metralhadora leve altamente eficaz, projetada para fornecer suporte de fogo em combate. A combinação de leveza, taxa de disparo e capacidade de alimentação a torna uma arma estimada em diversas situações táticas”.

O lança granada, por sua vez, “fornece capacidade de fogo indireto e versatilidade em termos de tipos de munição”. O lança-rojão, “ utilizado principalmente por forças armadas e de segurança para combate a veículos blindados e estruturas fortificadas. É um lançador de foguetes antitanque. munição é um foguete guiado que possui uma ogiva explosiva”.

O documento de Fernandes, porém, reconhece que a ação era arriscada e considerava a probabilidade de 100% de ocorrência de “baixas aceitáveis”. Ou seja, considerava-se aceitável que todas as seis pessoas envolvidas morressem na ação.

O general da reserva Mario Fernandes foi alvo em fevereiro da Operação Tempos Veritatis, que executou buscas e ordens de prisão sobre dez militares, incluindo membros da reserva e o ex-comandante da Marinha, Almir Garnier. Na ocasião, foram presos o coronel Marcelo Câmara e o major das Forças Especiais Rafael Martins de Oliveira.

As informações sobre o “Punhal Verde e Amarelo” estavam nesse material. Além de Lula e Alckmin, Alexandre de Moraes também seria executado.

Fernandes, que era funcionário do gabinete do general e deputado federal Eduardo Pazuello (PL-RJ), foi demitido da Câmara depois da Tempus Veritatis. Na ocasião, também veio a público que os militares egressos das Forças Especiais, a tropa de elite do Exército, se reuniam em salões de festas de condomínios em Brasília para planejar as etapas do golpe.

O general da reserva foi ainda um dos articuladores da carta exortando o então comandante do Exército, general Freire Gomes, para aderir ao golpe que impediria a posse de Lula.

Os outros quatro alvos da operação desta terça-feira também já tinham sido alvo da Tempus Veritatis. Desde aquela época, eles foram afastados de funções de comando – como o coronel Helio Ferreira Lima, que comandava a 3ª Companhia de Forças Especiais em Manaus. Depois de algum tempo, foram autorizados por Alexandre de Moraes para trabalhar no Exército, mas em funções burocráticas, de escritório.

Além dos cinco mandados de prisão, a PF também cumprem três mandados de busca e apreensão e 15 medidas cautelares como a entrega de passaportes no prazo de 24 horas, e a suspensão do exercício de funções públicas. O Exército acompanha o cumprimento dos mandados, que estão sendo efetivados no Rio de Janeiro, Goiás, Amazonas e Distrito Federal.





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Comentários (4)

  • jaera

    Quarta-Feira, 20 de Novembro de 2024, 08h17
  • Sem anystyha para os golpysthas boisonarystas. O inominável é inelegível, mas não é inimputável.
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  • Dimas

    Quarta-Feira, 20 de Novembro de 2024, 06h47
  • Estão tentando fazer uma conexão do movimento do 8 de janeiro que virou uma baderna com um fantasioso golpe militar com objetivo de acabar com o projeto de anistia....não tem nada a ver... não houve participação dos militares no 8 de janeiro, e quanto ao fantasioso golpe chega a ser absurdo o que vem sendo noticiado, não ocorreu porque não tinha táxi pra chegar à casa do ministro..... kkkkk... fico aqui imaginando um militar segurando uma bazuca no ponto de taxi.
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  • DEVAIR VALIM DE MELO

    Terça-Feira, 19 de Novembro de 2024, 21h30
  • BRASIL E UM CIRCO... APRENDERAM COM A GLOBO FAZER NOVELAS. TUDO ISSO COM DINHEIRO DO POVO E MUITOS TEATRO.. VAMOS TRABALHAR SEU PALHAÇOS E PARAR DE DEIXAR O POVO PASSAR FOME.
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  • Carlos Nunes

    Terça-Feira, 19 de Novembro de 2024, 20h33
  • Pois é, as Narrativas cada vez aumentam mais. Não adianta...cada vez que essa estória encomprida, cada vez vira mais Ficção. No final dará pra fazer uma minisérie da Globo. No dia 1° de Janeiro de 2023 tio Lula e tio Alckmin tomaram posse tranqüilos, tranqüilos....e tio Xandão táva com corpo são em mente sã. Ninguém deu Golpe nenhum...não houve veneno nem armas...nada. Essa foi a realidade...o resto é estória pra boi dormir.
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