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EXECUÇÃO

PMs combinam versão após matarem homem em surto com mais de 40 tiros

 

TERRA

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Registros das câmeras corporais dos policiais militares envolvidos na morte do colombiano Michael Stiven Ramirez Montes, ocorrida em dezembro do ano passado, com 44 tiros, mostram o momento em que os agentes atiram e a conversa posterior deles, que combinam a versão do que aconteceu. As imagens foram obtidas pela revista Veja e divulgadas na terça-feira, 11.

Na ocasião da morte de Montes, a PM foi acionada por moradores do prédio em que o colombiano morava, na Rua Aurora, no centro de São Paulo. A denúncia era de que havia gritos parecidos com os de uma criança em um dos apartamentos. No local, os policiais encontraram Montes esfaqueando um cachorro, no que parecia ser um surto psicológico.

Pelos registros das câmeras, é possível ouvir os agentes pedindo para que o colombiano abaixasse a faca que usava, mas o homem não respondia. Três armas aparecem apontadas para Michael Stiven Ramirez Montes, e, ainda assim ele não esboça reação ao pedido dos agentes. Em dado momento, um dos policiais dá o primeiro disparo e os outros dois seguem a reboada.

Depois, as câmeras registram a conversa entre os policiais envolvidos na ação e um superior. Ocorre então o seguinte diálogo:

"O indivíduo estava com faca?"

"Estava, chefe."

"Tá. Foi para cima de vocês?"

"Chefe, toda hora ele tentou várias vezes esboçar. No momento em que ele tentou..."

"Foi para cima?"

"Sim."

Um dos PMs desiste de prolongar a justificativa e diz que o colombiano "foi para cima" dos agentes. Pelas imagens, porém, não é possível ver o homem se aproximando dos policiais. Montes foi atingido por 35 tiros, de um total de 44 disparados.

O colombiano já tinha passagens pela polícia paulista, tendo sido preso em, ao menos, quatro ocasiões por furto qualificado entre 2022 e 2024. No boletim de ocorrência feito pelos policiais, consta que foram encontrados 320 gramas de maconha no apartamento e dois saquinhos contendo pequena quantidade de cocaína não especificada. 

Um inquérito foi aberto pela Polícia de São Paulo para investigar se houve excesso na ação dos policiais. O Terra entrou em contato com a Secretaria de Segurança Pública (SSP) para saber em que fase está a investigação e se a pasta deve se pronunciar sobre as imagens divulgadas e aguarda retorno.





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