A Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF) apreendeu, na manhã deste sábado (11), mais uma cobra do estudante que foi picado por uma serpente da espécie Naja, na última terça-feira (7). O animal estava escondido em um apartamento localizado no Guará, que seria de um amigo do jovem.
Além da serpente da espécie Jiboia Arco-Íris, segundo o analista ambiental do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), Roberto Cabral, foi encontrada pele de uma serpente Surucucu, e diversos ratos que seriam criados "para servir de alimento ao animal", carcaça de tatu e pena de arara.
"Uma questão grave é que essa pele daqui é de sururuco, é uma serpente peçonhenta que só ocorre na Mata Atlântica e na Amazônia, nós estamos no Cerrado. Então, isso denota que o animal esteve aqui ou alguém que detém esse animal entregou de presente a pele a essa pessoa", afirma analista do Ibama.
As investigações da Polícia Civil do DF apontam que os animais teriam sido deixados no apartamento pelo amigo de Pedro Henrique Santos Krambeck Lehm, de 22 anos – "mesma pessoa que estaria vinculado à ocultação da Naja e das outras 16 serpentes apreendidas em um haras, na região de Planaltina".
Segundo a PCDF, o imóvel estava desocupado e sob a responsabilidade de um servidor público do judiciário – não teve a identidade revelada, que foi conduzido à 14ª Delegacia de Polícia, do Gama.