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A Rússia condenou neste domingo (22) os ataques dos Estados Unidos contra instalações nucleares do Irã deste sábado (21). “A decisão irresponsável de submeter o território de um Estado soberano a ataques com mísseis e bombas, quaisquer que sejam os argumentos apresentados, viola flagrantemente o direito internacional, a Carta das Nações Unidas e as resoluções do Conselho de Segurança das Nações Unidas”, diz comunicado do Ministério de Relações Exteriores russo.
A Rússia pediu ainda o fim das hostilidades e o aumento de esforços para "retorno da situação a uma via política e diplomática”.
EUA atacam Irã
Na noite de sábado (21), os EUA atacaram três centros nucleares iranianos — Fordow, Natanz e Isfahan — em ação coordenada com Israel. O Irã reconheceu os ataques e prometeu responder com base em seu direito à defesa nacional. A operação americana aconteceu após uma semana de combates aéreos entre Israel e Irã.
Israel havia anunciado uma ofensiva para destruir alvos nucleares iranianos, e o Irã retaliou com mísseis contra cidades como Tel Aviv, Haifa e Jerusalém. O presidente americano Donald Trump disse que o ataque a três instalações nucleares no Irã, Fordow, Natanz e Esfahan, foi bem sucedido. Segundo o republicano, Fordow, a principal instalação nuclear localizada ao sul de Teerã, foi destruída.
Neste domingo (22), o ministro das Relações Exteriores do Irã, Abbas Araqchi, afirmou que os Estados Unidos “cruzaram uma linha vermelha muito grande”.
Parlamento do Irã aprova fechamento do Estreito de Ormuz
Após o bombardeio ordenado por Trump, o Parlamento do Irã aprovou fechamento do Estreito de Ormuz, segundo a imprensa iraniana. A via marítima fica entre Omã e o Irã. A medida ainda precisa passar pelo Conselho Supremo de Segurança Nacional e pelo aiatolá Khamenei para entrar em vigor. Se levado a cano, o bloqueio interromperia o fluxo de cerca de 30% de todo o petróleo comercializado globalmente.
O bloqueio do estreito é considerado uma retaliação do governo iraniano aos ataques americanos. Os EUA são os responsáveis por proteger a navegação comercial no Estreito de Ormuz. A região é monitorada pela 5ª Frota da Marinha americana, com base no Bahrein.
O fechamento do Estreito de Ormuz pode provocar a disparada no preço do barril de petróleo. Com o confronto entre Israel e Irã, navios petroleiros foram orientados por agências marítimas a redobrar a cautela na região.