Mundo Quinta-Feira, 26 de Junho de 2025, 07h:22 | Atualizado:

Quinta-Feira, 26 de Junho de 2025, 07h:22 | Atualizado:

DERROTA

Senado segue a Câmara e derruba decreto de Lula sobre alta do IOF

Governo buscará alternativas para compensar perda de arrecadação de R$ 10 bilhões neste ano

G1

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O Senado aprovou nesta quarta-feira (25) a derrubada de três decretos do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) que aumentavam o Imposto sobre Operações Financeiras (IOF), confirmando a decisão tomada mais cedo pela Câmara dos Deputados. A medida impõe uma derrota expressiva ao governo e obriga a equipe econômica a buscar alternativas para compensar uma perda de arrecadação estimada em R$ 10 bilhões neste ano.

Com a rejeição dos decretos, o Congresso impõe a revogação de um aumento de imposto feito por meio de decreto presidencial. Segundo o Ministério da Fazenda, sem o IOF mais alto, será necessário ampliar o bloqueio de gastos no Orçamento de 2025 para evitar o descumprimento da meta fiscal.

A ministra da Secretaria de Relações Institucionais, Gleisi Hoffmann, havia alertado que a derrubada da medida exigirá novos cortes de despesas. “Prejudicando programas sociais e investimentos importantes para o país, afetando inclusive a execução das emendas parlamentares”, afirmou.

Já o presidente do Congresso, Davi Alcolumbre (União-AP), afirmou que não quer polemizar o tema. "Esse decreto começou mal, o governo editou um decreto que rapidamente foi rechaçado pela sociedade brasileira. E reconheço, que muita vezes sem entender o que é o IOF, muitos daqueles foram colocados contrários ao que nele estava escrito. Durante o debate do decreto, da medida provisória, tivemos vários debates apra tentar conciliar os interesses do governo com o da sociedade", afirmou.

"Sabemos que é sim uma derrota para o govenro, mas foi construída por várias mãos", completou.

Descontentamento no Congresso

A proposta enfrentou forte resistência no Legislativo, mesmo com o governo tendo recuado parcialmente em alguns pontos. O presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), incluiu o projeto na pauta da noite de terça-feira (24) e acelerou a votação. O relator escolhido foi o deputado Coronel Chrisóstomo (PL-RO), da oposição.

O texto foi aprovado na Câmara por 383 votos a 98 e, horas depois, confirmado pelo Senado. Parlamentares apontam que a decisão reflete o descontentamento com aumentos de tributos e com a demora na liberação de emendas parlamentares, além de críticas à condução da política econômica de Fernando Haddad.

Impacto fiscal

De acordo com a equipe econômica, a elevação do IOF era uma das principais apostas para fechar as contas públicas e perseguir a meta de déficit zero. Sem os decretos, a estimativa de arrecadação cai em R$ 10 bilhões, o que deve exigir novos bloqueios de gastos.

“O governo informo[u] que, sem o aumento do IOF, o bloqueio no orçamento, de R$ 31,3 bilhões — o maior dos últimos cinco anos — teria de ser ainda maior”, afirmou a Fazenda. A alternativa seria aprovar aumento de outros tributos, mas o Congresso tem se mostrado resistente a essas propostas.

O que previa o aumento do IOF

O governo elevou o IOF sobre operações de crédito, especialmente para empresas, e também sobre operações de câmbio, seguros e certos tipos de investimentos. Parte dessas medidas foi revertida após críticas do Legislativo:

Crédito para empresas: a alíquota fixa foi inicialmente elevada de 0,38% para 0,95%, mas voltou ao patamar anterior.

Risco sacado: o governo desistiu da alíquota fixa, mas manteve a alíquota diária em 0,0082%.

VGBL: o IOF passou a incidir apenas sobre valores acima de R$ 300 mil (e, a partir de 2026, acima de R$ 600 mil).

Fundos e investimentos externos: o governo recuou e manteve a alíquota zero em casos como FIDCs e retorno de capital estrangeiro.

Medida provisória como alternativa

Para compensar a perda com os recuos no IOF, a equipe econômica editou uma medida provisória propondo aumento de outras receitas — como a taxação das apostas online (bets), tributação de criptoativos, fim da isenção para juros sobre capital próprio e unificação do Imposto de Renda sobre investimentos.

A expectativa do governo é arrecadar cerca de R$ 10 bilhões com essa MP, mas a resistência no Congresso é grande. Se a medida também for rejeitada, técnicos da Fazenda alertam que será necessário ampliar ainda mais o bloqueio no orçamento deste ano.

 





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Comentários (5)

  • alexandre

    Quinta-Feira, 26 de Junho de 2025, 10h47
  • quem vota LEI , É CONGRESSO, tem nada de inconstitucional, se a cada decisão que o governo perder, porque lula esta visitando favela, apelar pro STF, fecha logo o congresso, que o representante do povo, ninguem quer aumento de impostos
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  • A Verdadeira Verdade

    Quinta-Feira, 26 de Junho de 2025, 08h57
  • Isso é a maior prova que os 70% de pobres no Brasil, ou seja, pelo menos 150 milhões de brasileiros, elegeram essa maioria massacrante do congresso nacional, conservador, "cristão" e que defende os interesses dos mais ricos em detrimento dos mais pobres. Pena que essa gente "não sabe o que faz" quando vota nessa gente burguesa para compor o congresso. E não foi à toa que o bozo retirou verbas da educação durante o governo dele para que a população se emburrecesse ainda mais!!!
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  • pantaneiro

    Quinta-Feira, 26 de Junho de 2025, 08h21
  • e a suprema, corte vai barrar, essa derrubada do decreto do executivo, se entender que essa derrubada desse decreto e inconstitucional, pode suspender o efeito desta,
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  • FAZ O L !

    Quinta-Feira, 26 de Junho de 2025, 08h01
  • Chegou a hora do STF botar ordem no congresso que quer dificultar o governo que mais ajuda os pobres! Xandão neles!
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  • Carlos Nunes

    Quinta-Feira, 26 de Junho de 2025, 07h44
  • Pois é, parece que os 2 Inertes do Congresso Nacional...tio Motta & tio Alcolumbre, decidiram agir a favor do povo, barrando o aumento do IOF, que vai prejudicar todo mundo. Podiam aproveitar e desfazer a votação no Supremo, que tá prestes a alterar o Artigo 19 do Marco Civil da Internet. ALTERAR É LEGISLAR...E não cabe ao Supremo LEGISLAR sobre nada. O único Poder que pode LEGISLAR É O CONGRESSO NACIONAL. O Marco Civil da Internet foi aprovado pelo Congresso Nacional e sancionado pela tia DILMA. Ontem o Ministro FACHIN foi contra qualquer alteração no Artigo 19. Quem pode alterar esse Artigo, são os Deputados Federais & Senadores, se acharem necessário. E não é. O que faria um Ulisses Guimarães pra barrar essa ânsia de LEGISLAR do Supremo? Tio Motta & tio Alcolumbre tem que dizer claramente ao Supremo, que não podem ALTERAR o Artigo 19. Por que se calam? Senadores & Deputados Federais também tem que dizer isso...dizer pro povo brasileiro e pro mundo inteiro. Chega do Supremo LEGISLAR... Já LEGISLOU sobre Armas, Aborto, Drogas, agora sobre redes sociais. Tio Barroso vem com a conversa: se o Congresso não Legisla, nós tomamos providências.
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