Mundo Sexta-Feira, 10 de Março de 2023, 16h:55 | Atualizado:

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DEMOCRACIA

Torres irá depor sobre "minuta do golpe"

 

G1

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Anderson Torres

 

O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), autorizou o depoimento do ex-ministro Anderson Torres em uma ação de investigação contra o ex-presidente Jair Bolsonaro que tramita no Tribunal Superior Eleitoral (TSE).

O objetivo é que Torres preste esclarecimentos sobre a chamada “minuta do golpe” e sua participação em lives em que o ex-presidente fez ataques às urnas eletrônicas, em 2021.

Pela decisão, o depoimento ocorrerá no próximo dia 16, às 10h, por videoconferência. Torres será ouvido na condição de testemunha e terá assegurado o direito ao silêncio -- poderá não responder a perguntas que levem a respostas que possam incriminá-lo.

Ele está preso por suposta omissão nos atos que levaram à depredação das sedes dos Três Poderes em janeiro.

Ação no TSE

A minuta do golpe, considerada inconstitucional por especialistas, foi encontrada pela Polícia Federal durante buscas na casa do ex-ministro da Justiça Anderson Torres, aliado de Bolsonaro. O documento pregava instaurar estado de defesa na Corte e mudar o resultado das eleições de 2022.

A pedido do PDT, esse fato foi incluído em investigação que corre no TSE contra Bolsonaro. Nessa ação, Bolsonaro é acusado de abuso de poder político e uso indevido dos meios de comunicação durante reunião com embaixadores em julho, quando fez ataques sem provas ao sistema eleitoral. Esse tipo de ação pode levar à inelegibilidade de políticos.

A autorização de Moraes é uma etapa necessária porque o ex-ministro da Justiça está em prisão preventiva, determinada pelo ministro.

Além de esclarecimentos sobre o documento, o depoimento servirá para questões sobre a participação de Torres em lives de Bolsonaro em julho e agosto de 2021, em que o ex-presidente usou informações sigilosas de um inquérito da Polícia Federal que investigou supostos ataques ao sistema do TSE. A investigação também foi citada durante a reunião de embaixadores, em julho do ano passado, alvo da apuração sob a relatoria do corregedor.

A ação no TSE está em fase de coleta de provas. Já foram ouvidos depoimentos de ex-ministros, como Ciro Nogueira (Casa Civil) e Carlos França (Itamaraty). Em relação a estes depoimentos, o ministro afirmou, na decisão de hoje, que as autoridades ouvidas afirmaram que “não tiveram envolvimento significativo no evento e desconheciam o que seria tratado”.





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Comentários (1)

  • Carlos Nunes

    Sábado, 11 de Março de 2023, 11h44
  • Pois é, tio TORRES tem é que contratar como seu advogado o Jurista IVES GANDRA MARTINS, que até já explicou detalhadamente sobre a Minuta. É só olhar no YouTube o vídeo: Dr. ives Gandra comenta sobre a Minuta. Segundo o Dr. GANDRA não houve Golpe nenhum. Em primeiro lugar, porque a Minuta nem tava assinada. Papel não assinado não vale bulhufas. Talvez até tenham sugerido pro Bolsonaro, mas ele rejeitou, pois nem assinou. Em segundo lugar, se ele tivesse assinado, o Congresso Nacional teria que se reunir em 24 horas, pra analisar. Tudo indica que não aprovaria...então a Minuta seria Arquivada. É uma relação republicana, constitucional, entre o Executivo e o Legislativo. O prof. GANDRA ajudou a escrever nossa Constituição de 88. Entende do assunto. Ultimamente o Supremo tem se colocado no meio do Executivo e Legislativo...fazendo intervenções indevidas. O caso da Minuta, se tivesse assinada, seria apreciada urgentemente pelo Congresso Nacional, votada, e decidida. Na hipótese do Congresso Nacional aprovar a Minuta, as medidas seriam anunciadas e tomadas. Dr. GANDRA disse que o Congresso não aprovaria. E se a maioria aprovasse?
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