Um homem de 24 anos foi agredido por três policiais militares, na madrugada dessa segunda-feira (26/5), após discutir com a segurança de um bar em Santos, no litoral de São Paulo, que o impediu de entrar no estabelecimento. Um vídeo registrou toda a ação (veja abaixo). De acordo com o boletim de ocorrência, ao qual o Metrópoles teve acesso, o jovem foi barrado de entrar no bar porque vestia bermuda, regata e chinelos.

Nas imagens, um dos agentes dá dois socos no rosto do homem, que cambaleia e se choca contra uma Kombi estacionada na rua. Depois, outros dois policiais se juntam ao primeiro e cercam a vítima. Então, um deles o imobiliza com um mata-leão enquanto os outros dois desferem socos e chutes contra o rapaz. Enquanto isso, uma mulher que assiste à ação grita: “Moço, pelo o amor de Deus, moço!”.

A segurança do bar Meu Lugar, na Avenida Afonso Pena, no bairro Macuco, relatou à polícia que o jovem iniciou uma discussão com ela após ser barrado de entrar no estabelecimento vestindo roupas “inadequadas”.

Ela contou que ele a xingou de “velha louca” e “filha da puta”, enquanto a intimidava e a empurrava. Nesse momento, outros seguranças conseguiram contê-lo e ele se afastou do local.

Após cerca de 40 minutos, ele voltou ao bar “bastante exaltado e descontrolado”, de acordo com a segurança, e a Polícia Militar foi acionada.

Quando os agentes chegaram, de acordo com o boletim de ocorrência, o homem os xingou de “rato cinza”, “vermes”, “filhos da puta”, “pau no cu” e outros.

A policial militar condutora da ação disse à Polícia Civil que o homem se debateu na tentativa de agredir a equipe, o que culminou no que foi chamado de “força moderada” para contê-lo e algemá-lo.

Veja:

Depois das agressões, registradas no vídeo, ele ficou com lesões na boca e dor no maxilar e foi encaminhado à Unidade de Pronto Atendimento (UPA) da zona leste.

Em nota, a Secretaria da Segurança Pública (SSP) informou que a Polícia Militar analisa as imagens e que, “se constatada qualquer irregularidade”, as devidas providências serão adotadas. “A instituição não tolera desvios de conduta e pune com rigor os agentes que não obedecem aos protocolos da Corporação”, afirma.

O caso foi registrado como ameaça, injúria e desacato na Central de Polícia Judiciária(CPJ) de Santos.