Opinião Quarta-Feira, 30 de Abril de 2014, 08h:04 | Atualizado:

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Rosana Barros

30 de abril - Dia Internacional da Mulher

 

Rosana Barros

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No dia 30 de abril de 1.880, no município de Leopoldina-MG, nascia Jerônima Mesquita.

De origem abastada e aristocrática, nasceu de uma família de cafeicultores bem sucedidos, tendo acesso à cultura e educação. A fazenda da família era destaque em toda a região pela forma que os escravos eram tratados, sendo-lhes permitida aulas de música. 

O genitor de Jerônima Mesquita foi um dos primeiros fazendeiros a libertar os escravos, ainda antes da Lei Áurea.

A família Mesquita se destacava pelos méritos de boa educação aos filhos, bem como pela filantropia que costumava praticar.

Tendo Jerônima Mesquita crescido nesse ambiente, tornou-se adulta com valores à frente de sua época. Durante a I Guerra Mundial, em 1914, ingressou como voluntária da Cruz Vermelha de Paris, servindo posteriormente na Cruz vermelha da Suíça. 

Pelos direitos das mulheres, ajudou a fundar a Federação Brasileira pelo Progresso Feminino (FBPF), em 1.922. Jerônima construiu história atuando no movimento sufragista de 1932, conquistando legalmente o direito ao voto com o Código Eleitoral. Nesse período, lançou com demais companheiras o Manifesto Feminista, e, mais tarde, fundaram o Movimento Bandeirante, tendo como atividades aulas de primeiros socorros, enfermagem e puericultura.

Incansável, em 1947 participou da fundação do Conselho Nacional das Mulheres do Brasil (CNMB), organização que possuía a finalidade de defesa da mulher.

A Lei nº 6.971\1980, institui no Brasil o Dia Nacional da Mulher em homenagem à Jerônima Mesquita - 30 de abril -, dia do seu nascimento.

Se dúvida essa mulher, juntamente com tantas outras, ajudou na democratização e tratamento igualitário no país, motivo pelo qual destaco um trecho do manifesto feminista de sua autoria, de Bertha Lutz e de Maria Eugênia: “As mulheres, assim como os homens, nascem membros livres e independentes da espécie humana, dotados de faculdades equivalentes e igualmente chamados a exercer, sem peias, os seus direitos e deveres individuais, os sexos são interdependentes e devem, um ao outro, a sua cooperação. A supressão dos direitos de um acarretará, inevitavelmente, prejuízos para o outro, e, consequentemente, para a nação.”  

Rosna Leite Antunes de Barros é Defensora Pública Estadual atuante na defesa das mulheres vítimas de violência doméstica e familiar e Presidente do Conselho Estadual dos Direitos da Mulher do Estado de Mato Grosso.

 





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