Dizem que a arte imita a vida. E, algumas vezes, a vida imita a arte. Nos últimos tempos, alguns personagens de um antigo programa de humor foram incorporados em alguns personagens no país da piada pronta. Vamos fazer a chamada dos políticos, ops, dos alunos que tiraram zero o ano inteiro:
Senhor Gilmarzino Barbacena: ai meu Deus. Já me sortearam aqui. Já distribuíram mais um processo pra “eu”. Deixa “eu” aqui no meu canto. Quem vocês querem que eu solte agora? Habeas corpus pra quem? Fernandinho Beira-Mar? Marcola? Eu fui padrinho de casamento desses dois e não vejo problema algum em participar do julgamento deles.
Senhor Romero Blaustein: fazemos qualquer negócio. Envolveu dinheiro, cargo, emenda, compra e venda de deputado, é comigo “mesma”. Quer um ministério de presente, ou uma agência executiva de brinde, ou algumas diretorias de estatais, também é comigo “mesma”;
Senhor Aécio da Capitinga – “é eu mesmo. Hoje “tô iguar” Leonardo di Caprio, Prenda-me se For Capaz! Com mala de dinheiro, com áudio vazado, helicóptero do pó, ninguém entende porque “tô sortinho da Sirva”. Só não sei ainda como é que ainda sou eleito para alguma coisa nas Minas Gerais;
Rolando Lula Lero – amado mestre, como todos sabem eu sou inocente. Eu não sabia de nada. Os milhões na minha conta alguém depositou pra me incriminar. O sítio e o “tripreqs” são de amigos meus. O “mensalão” foi conto da carochinha. O resto é calúnia, difamação e perseguição política. Devolvam o meu passaporte;
Senhora PMDBilllllda – olha, hoje eu “tô” aceitando tudo. Deputado, senador, prefeito, vereador. O que vir pras minhas fileiras eu traço. Em troca eu dou o que eles quiserem. Cargo, emenda, diretoria, cartão corporativo, avião da FAB. Tudinho! “Vem ni mim que to facinha e aí é beijim, beijim e pau, pau”;
Gleisi da Glória – “chamô, chamô”? Pode me chamar pra defender o indefensável, pra convocar o povo para as greves, pra fechar as avenidas. Só não me chame pra fazer leis pra melhorar o Brasil ou leis pra defender o povo. Tenho que fazer jus ao meu slogan “bonitinha, mas ordinária”.
Senhor Armando Odebrecht – estava eu andando pelas ruas de Brasília, procurando um estádio para construir, um parque olímpico para superfaturar, quando me deparei com 4 deputados e 2 senadores. Fiquei na dúvida: por que compra-los, por que não compra-los? “Comprei-o os”. Me dei mal e amarguei 2 anos de preventiva;
Dona Marina Cândida – seguindo exemplos de mulheres que foram chefes de governo, Margaret Thatcher na Inglaterra, Angela Merkel na Alemanha e Bachelet no Chile, eu gostaria de ser presidente do.... Brasil... ahhhhh (e chora, chora e chora);
Senhora Dilma Patropi – quem estuda nessa escola não ganha e nem perde nota. Pois eu posso tirar nota 0, mas o que é um 0 se o 0 faz parte do 10? E o que é um 10 sem um 0? É um 1, o qual é um número muito próximo de 0. Então, se 0 e 1 são parecidos, também o 10 é parecido com o 0 e o 1. Portanto o 0 também é um 10.
Senhor Luciano Incrível Hulk – “o aluno faltou, pois só vai decidir entrará pra escola, pra aprender a ler e escrever, só depois do carnaval. Até lá, vai ficar só soletrando”;
Senhor Rodrigo Caridoso Maia de Melo – para começo de conversa quero destacar que o Congresso não é um mero carimbador das vontades do povo. Pra falar a verdade, o Congresso nem sabe o que o povo quer. Aliás, o que é povo? Para mim , para nós do Congresso, o povo é um mero detalhe, do qual só lembramos pertinho das eleições;
Senhor Pedro Pedreira – se o assunto for atraso de salário, por favor, não me venha com “churumelas”. Vamos simplificar pra não dizerem que sou intransigente: a lei diz que tenho que pagar até o dia 10. Mas se não der no dia 10, pago no dia 15. Se não der, pago no dia 20. Se não der, pago no dia 25. E, se achar ruim, vai trabalhar na iniciativa privada. Aqui é pedra 90, só enfrenta quem aguenta;
Senhor Emanuel Cumbica – no “arrrrr” até em vídeo gravado secretamente. Gostou do meu paletó novo de aviador? Paletó grande, com muitos bolsos... você sabe pra quê né? Não, não, não! Não é pra isso que você está pensando. É pra pagar a empreiteira de meu irmão que está construindo um aeroporto novo pro Aécio da Capitinga;
Seu Gerallldooooo – professor, gostou da minha roupinha? Mamãe que fez pra eu concorrer de novo pra presidência da República. Eu sei que vou perder, mas mamãe gosta que eu saia candidato. Eu falo pra ela que só ganho em São Paulo, mas ela insiste que milagres acontecem e um dia vai ver o filhinho dela subindo a rampa do Planalto com uma faixa presidencial que ela vai fazer especialmente pra mim;
Senhor Michel Batista – gostaria de falar uma coisinha para o povo. O povo me autoriza? Baixamos a inflação. Retomamos o crescimento econômico. Os bancos estão com lucros recordes. O desemprego aumentou. A violência aumentou. A educação caiu. A saúde um caos. E a Marcela... gente, cadê a Marcela??? Abre o olho “Batista! ”;
Professor Raimundo Brasil – vai comendo povo, porque o salário, a saúde, a educação, a segurança, a previdência, a cultura, a honestidade, a decência, o republicanismo, “ó”...
Eustáquio Rodrigues - Servidor Público
Meris de SantAna
Sexta-Feira, 09 de Fevereiro de 2018, 09h23