Fosse eu convidado a dar minha opinião sobre a difícil decisão que está sobre os ombros da ex-candidata Gisela Simona (Pros) em relação a se embandeirar para um lado ou para o outro - Emanuel ou Abílio – nas eleições de segundo turno, diria sem pestanejar: “diga não, não, não e não”. A ambos.
Abílio é uma nova liderança, mas permanece uma incógnita. Demostra ser do bem, com boas intenções e parece abominar a corrupção. É, entretanto, para muitos eleitores, um “porra-louca”, que desfez das mulheres, que ameaça demitir à torto e à direito, bem ao estilo do ‘seu admirado’ presidente Jair Bolsonaro, que, já a quase dois anos de gestão não tem uma ideia muito clara de governo. Para os que anseiam por uma adminsitração sem os tremores de suspeitas de desvios do dinheiro público, entretanto, penso ser a melhor opção.
Emanuel é um velho conhecido, chamado pela própria Gisela de “símbolo da corrupção”. Emanuel responde a quase uma dezena de processos criminais sob suspeita de subtração do erário, teve secretários afastados por desvios de conduta e faz uma administração de camarim, maquiada, tempo antes de ir à ribalta, tempo antes de postar vídeos nas redes sociais. Um adminstrador que instala três ou quatro caixotões com ar condicionado para passageiros de ônibus, no centro da cidade, enquanto abandona mais de 700 pontos nas avenidas e na periferia: uma adminitração de anversos, só para dar um exemplo.
Gisela Simona tem uma trajetória bonita, limpa, e reflete o promissor e a esperança. Tem um grande futuro pela frente, num amanhã bem próximo.
Assim como a cel. Rúbia Fernanda, que abriu o peito, enfrentado a dinheirama do agronegócio e a estrutura logística montada por Carlos Fávaro, numa “bem-sucedida” e bela campanha ao Senado, Gisela pode ser o que quiser daqui a dois anos. Nesta minha arrastada e despojada avaliação, as duas são as grandes revelações e as vitoriosas dessa eleição, concluída a primeira etapa do pleito 2020, em se tratando de candidaturas majoritárias.
Caso me perguntasse a candidata Gisela, o alvo do assédio eleitoral de Abílio e Emanuel, sobre o apoio a um ou outro, responderia num átimo, de chofre:
_“Não minha amiga, fique onde estás. Não traia o seu dom de cair de pé”.
Jorge Maciel é jornalista em Cuiabá