A exposição negativa de Cuiabá no cenário nacional e internacional tem sido uma constante, tendo como vertente, uma série de fatores, entre os quais, um veio à tona recentemente, após declaração feita pelo ex-chefe da Casa Civil e ex-secretário da secretaria estadual extraordinária da Copa em Mato Grosso, Eder Moraes, ao UOL Esporte; dizendo que o Governador de Mato Grosso, Silval Barbosa, teria ordenado atraso nas obras da Arena Pantanal, a fim de comprometer o prazo original de entrega do equipamento.
Em sendo verdade tais acusações feitas por alguém, que esteve à frente da Secretaria Extraordinária da Copa do Mundo em Mato Grosso, na condição de secretário extraordinário da Secopa, no caso, o senhor Eder Moraes. Esta acusação acaba ganhando contornos de complexidade e preocupação por parte de todos, por se tratar de dinheiro público, envolvendo supostamente um Governador de Estado.
O teor da acusação, feita por Eder Morares é séria e preocupante; tendo como parâmetro, a data início da referida obra da Arena Pantanal, datada em abril de 2010, e o prazo proposto de entrega, seria em dezembro de 2012.
Segundo declarações preliminares, dão conta de que o custo inicial da obra da Arena Pantanal, em contrato assinado em 2010, era de R$ 342 milhões, atualmente o custo final da mesma está em R$ 570 milhões; se for levada em consideração a previsão de gastos, com as estruturas provisórias, o montante anterior poderá chegar à casa dos R$ 605 milhões.
Somente no último dia 2 de abril, o estádio recebeu seu primeiro jogo oficial, com a metade das cadeiras de arquibancadas instaladas, embora as mesmas estivessem dentro dos parâmetros exigidos pela FIFA, e o estádio Arena Pantanal estivesse impecável, na parte interna, carecendo de alguns ajustes em seu entorno.
O vazamento dessa notícia, além de ser preocupante e vexatória; acaba remetendo-nos a pesarmos, naquela antiga fábula cujos personagens são exclusivamente animais, a história dos “três porquinhos”, que nossos pais nos contavam, para que, pudéssemos dormir ou acalmar, das nossas travessuras, porém nela, eram bem definidos os personagens, conforme conta a história.
Vamos a um trecho dela, “Era uma vez três porquinhos, Cícero, Heitor e Prático. Um dia decidiram construir três casas. Cada um ia fazer a sua, para esconder-se do lobo, que era muito mau e, gostava de comer porquinhos”, a história prossegue, até o último capítulo, todos nós, conhecemos seu desfecho final.
A narrativa da história real envolvendo personagens conhecidos por todos, de um lado, o conceituadíssimo Governador Silval Barbosa, de outro, o ex-secretário da Secopa, Eder Moraes; que o acusa, de ter ordenado atraso no ritmo das obras da Arena Pantanal, a fim de comprometer o prazo original de entrega do equipamento. Não estou criando nenhum factoide, estas denúncias foram veiculadas em nível nacional.
Na história original, fica claro e notório, quem são os porquinhos, e quem é o lobo mau. Nesta história, envolvendo o Governador do Estado Silval Barbosa e o senhor Eder Moraes, fica difícil saberemos quem são os porquinhos da história e, quem é o lobo mau; isso acaba criando nas pessoas, uma verdadeira dicotomia. Com a palavra o Ministério Público.
Pare o mundo, quero descer
LICIO ANTONIO MALHEIROS é geógrafo