A única certeza que temos em nossas vidas é a morte, e mesmo assim, nos abalamos terrivelmente com ela. Quando chega para um ente querido, a dor é redobrada. Na tarde deste último domingo (24), por volta das 13h 30, perdemos o primo, Clóvis Hugueney Neto, popularmente conhecido como Clovito, vereador por 3 mandatos consecutivos, amado por muitos, odiado por alguns.
Este mês de maio não foi bom para nossa família, pois, perdemos duas pessoas queridas, em um curto espaço de tempo, primeiro faleceu nossa prima Eda Cardoso de Jesus, filha do tio Jacinto de Jesus, homem de caráter, personalidade forte e bons costumes.
Neste domingo perdemos Clovis Hugueney Neto (Clovito), apesar de estar doente há anos a fio, ele sempre conseguia com sua força e desejo de viver, driblar literalmente a morte, como ele mesmo costumava dizer, “sou highlander”; assim como no filme, um guerreiro imortal, tamanha era sua força e, vontade de viver.
Falar do Clovito, mesmo neste momento tão triste, é fácil, pois, em sua trajetória de vida sempre estivemos perto, algumas vezes do mesmo lado e, em outras situações em lados opostos.
Nossa história de vida se mistura lá pelos idos anos 80, momento que sua mãe Marize Malheiros, se vê obrigada a deixar o Clovio em nossa casa, pois sua filha mais velha Cibele Malheiros, estava acometida por um câncer no cérebro, e aspirava cuidados, ele ainda muito jovem, não poderia saber da gravidade da doença de sua Irmã, que infelizmente, meses depois veio a falecer.
Nesse período de tempo, passamos a viver como verdadeiros irmãos, criamos uma afinidade tão grande, porém com o passar do tempo, seguimos caminhos diferentes, mesmo assim costumávamos frequentar os mesmos lugares, as festas de família eram constantes.
O tio Justino Malheiros, costumava fazer em sua residência na Avenida quinze de novembro, bairro porto, festas; momento em que, se reuniam parentes e amigos, nesse período de nossas vidas, o nosso contato não era tão intenso, mesmo assim, nos fazíamos presentes, pois a família era muito unida, a tia Olga Cuiabano Malheiros e o tio Justino Malheiros, in memoriam, eram muito acolhedores e gostavam de eventos comemorativos.
Tem uma cena que não sai da minha cabeça, a festa já estava terminando e, o tio Justino iniciava a pegar as garrafas de cerveja e refrigerantes para guardar, com uma calma e um sorriso no rosto de dar inveja a qualquer um, esses momentos de felicidades marcaram nossas vidas.
O vereador Clovito, tem uma história de vida, que contrasta com ações propositivas e alvissareiras, em um dado momento, e em outros, com situações um tanto quanto complicadas, em função do seu temperamento forte, que era sua marca registrada, ninguém iria jamais tirar isso dele, as pessoas aprenderam a conviver com ele desse jeito.
Tenho certeza, que ele deixará um legado, na condição de ser humano; através das ações não governamentais que implementava muito antes de vir a ser vereador, nos bairros periféricos mais carentes, aonde ele, tinha uma marca registrada, que dificilmente alguém irá conseguir suplantá-lo, no que diz respeito, a matar a fome dos mais humildes os expropriados do capital, através da oferta de sopão, para pessoas, que não tinha nada para comer.
Que Deus em sua infinita bondade possa arrefecer os corações dos seus familiares, em especial, o de sua mãe Marize Malheiros, uma incansável batalhadora, não apenas nas campanhas políticas do Clovito, como também no decorrer de sua vida, dando-lhe amor e carinho incondicional.
Professor Licio Antonio Malheiros é geógrafo ([email protected])
Aurelino Levy
Terça-Feira, 26 de Maio de 2015, 10h52