Opinião Sexta-Feira, 11 de Abril de 2014, 08h:43 | Atualizado:

Sexta-Feira, 11 de Abril de 2014, 08h:43 | Atualizado:

Alfredo Menezes

Coisas da política

 

Alfredo Menezes

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Pesquisa mostrou que apenas 9% dos entrevistados conhecem o agora ex-juiz Julier. Número que confirma colocação anterior da coluna de que ele é muito conhecido na Baixada Cuiabana e não tanto no interior.

Pela atuação em casos diferentes, principalmente o enfrentamento com o grupo do Arcanjo, sua imagem foi bem projetada nesta região. Aqui está a mídia que deu cobertura aos diferentes assuntos. Não chegava lá no interior.

Cada cidade-polo no estado tinha seu canal de televisão com ênfase nas notícias locais e regionais. A outra ponta das notícias era feita pela rede nacional. Poucos jornais impressos chegavam às cidades do interior e as rádios atingiam a região ao redor de Cuiabá. Aquela atuação forte no caso Arca de Noé, por exemplo, foi mais divulgada nesta região. Daí não ser conhecido na maior parte do estado.

A mesma pesquisa de opinião pública mostrou que 58% conhecem Pedro Taques. E isso depois do Taques ser eleito senador e constantemente viajar pelo estado e mesmo assim tem mais de 40% que não o conhece. Era, como o Julier, mais conhecido na Baixada Cuiabana pela divulgação do seu trabalho na Justiça Federal.

Esses dados levam ao comentário de que o Taques deveria ter candidato ao Senado e a vice-governador de outras regiões do estado. Concentrar a majoritária em gentes aqui por perto não é uma boa estratégia.

Parece que é definitiva a não candidatura do Riva ao parlamento estadual. Tem diferentes comentários sobre essa decisão. Um é que ele ficaria quatro anos afastado dos holofotes da política para resolver seus imbróglios na Justiça. Na próxima eleição, ele voltaria à disputa até por cargo maior.

Mas, para que isso seja possível, o Taques não pode ganhar a eleição agora, é a segunda conversa. Se ganha um candidato do grupo hoje no poder, o Riva teria espaço para ajudar prefeitos junto ao governo.

Se for o Taques esta porta estaria fechada. Com ela fechada, sem o Riva conseguir atuar politicamente junto ao governo, com quatro anos fora do poder, uma candidatura no futuro seria mais difícil.

A terceira versão é saber como é que seria a relação do Riva com um suposto governo Taques. Se o Taques o peitava no parlamento ou se compunha com ele. O que você acha que funcionaria?

O PT está sacrificando a candidatura do Lúdio Cabral em vista de uma tática nacional do partido. Numa reunião em que estavam presentes Lula e Dilma se decidiu entregar aos aliados nos estados menos fortes eleitoralmente as candidaturas ao governo.

Os aliados, principalmente o PMDB, andavam reclamando da gula do PT pelo país. Naquela reunião o PT decidiu concentrar nas candidaturas em S. Paulo, Rio Grande do Sul, Paraná, Minas, Brasília, Rio, Bahia e entregar aos outros partidos a cabeça de chapa em outros estados. MT entrou na lista dos descartáveis, daí o sacrifício da candidatura do Lúdio.

ALFREDO DA MOTA MENEZES é historiador e articulista





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