No domingo 29/11, momento em que ocorreu a eleição segundo turno em Cuiabá, envolvendo duas candidaturas, a do prefeito Emanuel Pinheiro (MDB) e de seu opositor Abílio Júnior (Pode); duas forças antagônicas entre si, marcadas por diferenças gritantes.
De um lado, Emanuel Pinheiro (MDB), prefeito que deveria contar com uma receita bruta de R$ 3,279 bilhões, de outro lado, Abílio Júnior (Pode), vereador de primeiro mandato, com parcos recursos, porém revestido de caráter ilibado, sem mácula em seu nome; há quase um ano no mandato de vereador, sempre fez valer seu papel de fiscalizador in loco, das ações do Executivo Municipal, sempre combativo, representando o novo e o povo.
Resultado final das eleições 2020; o candidato Emanuel Pinheiro (MDB), venceu o segundo turno das eleições de Cuiabá, obtendo 51,13% dos votos válidos, correspondendo a 135.871 votos, enquanto o segundo colocado Abílio Júnior (Pode) obteve 48,85% correspondendo a 129.777 votos.
O processo eleitoral foi marcado por ataques contundentes entre ambos, porém o ponto nevrálgico aconteceu no debate Record, não por culpa da emissora televisiva; e sim, pela postura de cada um dos postulantes ao cargo, que acabaram entrando em rota de colisão literalmente, dentro de um processo de ataques pessoalizados e vergonhosos.
O candidato Abílio, no momento acalorado do debate, em função de um vídeo no qual, Emanuel Pinheiro (MDB), aparece recebendo dinheiro de propina o colocando em seu paletó, digo propina, em função dos depoentes terem afirmado categoricamente se tratar de dinheiro ilícito; em função disso, Abílio o chamou de corrupto, inclusive o Jornal Nacional, veiculou essa matéria em rede nacional.
O candidato Emanuel, por sua vez fez ataques contundentes a seu opositor, usando uma frase de efeito pejorativa e agressiva, no decorrer do debate, quando o assunto era coleta de lixo, momento em que, o Emanuel Pinheiro o chama de “candidato Lixo”.
Essa eleição atípica, marcada pela disputa do tostão contra o milhão; fez-me voltar ao passado, quando iniciei na política sempre como cabo eleitoral, nesse período, eu ouvia de uma pessoa que não irei declinar o nome, ele sempre dizia uma frase de efeito que ficou em minha mente, “sem dinheiro, não se ganha eleição” eu lutava veementemente contra essa tese dita por esse senhor, porém diante desta eleição, confesso, ele estava certíssimo devo admitir, infelizmente.
Na minha modesta opinião, sempre vi no Abílio e Wellaton, a mudança para Cuiabá, por se tratar de dois jovens, atuantes e aguerridos, na condição de vereadores, sempre aturam de forma hercúlea no sentido de combater com veemência a corrupção que assola nosso país, em Cuiabá, a coisa não é diferente em decorrência de certas situações vivenciadas por gestores públicos municipais e estaduais, envolvidos em corrupção, câncer que mata.
Portanto não os vejo como derrotados nesse processo eletivo, e sim, como vitoriosos; pois os mesmos irão deixar para as futuras gerações, um legado de luta e determinação, nas quais incluo meus netinhos, que irão saber da existência de uma disputa eleitoral para prefeitura de Cuiabá no ano 2020, em que, dois jovens lutaram com unhas e dentes, para mudar os destinos de uma cidade, porém as urnas não responderam ao clamor dos mesmos.
Professor Licio Antonio Malheiros é geógrafo
Glauter
Terça-Feira, 01 de Dezembro de 2020, 15h07Val?ria
Terça-Feira, 01 de Dezembro de 2020, 10h30Thiago
Terça-Feira, 01 de Dezembro de 2020, 09h10