Opinião Sábado, 17 de Agosto de 2019, 11h:50 | Atualizado:

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Gabriela Carvalho

Diálogo como ferramenta dos relacionamentos

 

Gabriela Carvalho

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Já dizia o “Velho Guerreiro” (saudoso José Abelardo Barbosa), mais conhecido como Chacrinha: ‘quem não se comunica, se trumbica’. Em sua transmissão Chacrinha nos alertava para a importância do diálogo, que se tornou a principal ferramenta do século na construção de qualquer relacionamento, seja ele profissional ou sentimental. A pessoa que consegue dominar uma boa forma de se comunicar, com certeza, irá obter sucesso em sua carreira ou na tarefa que se dispor a realizar. Mas como fazer isso? Para alcançar uma boa comunicação é necessário muito mais do que apenas ter os ouvidos abertos, o ouvinte precisa se propor a prestar atenção no outro e não só para se beneficiar, mas com o intuito de conhecer a necessidade, criar empatia para, assim, construir uma comunicação efetiva.

A formação de uma comunicação ativa - onde estamos abertos para escutar o outro - é o primeiro passo para se conhecer, é exercitar o autoconhecimento, entender quais os seus objetivos, valores e necessidades, para, a partir daí, ter condições de ouvir com humildade e poder entender os limites do interlocutor. No processo de comunicação, utilizamos muito mais do que a fala, precisamos nos atentar ao movimento corporal, expressão facial e cuidar para entender que cada pessoa tem a sua particularidade -  uma forma de se comportar, se direcionar, até mesmo gesticular -,  por isso, precisamos nos esforçar para respeitar e entender as diferenças.

Muitas vezes as pessoas chegam em determinado local para serem atendidas em busca de um objetivo, e, mesmo que não obtenham a resposta desejada, precisamos tomar muito cuidado no momento de se dizer o ‘não’, a forma que irá repassar essa negativa fará toda diferença para o receptor. No entanto, quando demostramos atenção para com o outro, ouvimos e tratamos as necessidades apresentadas com carinho e respeito, mesmo com a negativa em relação a problemática apresentada pelo interlocutor, tenha certeza que ele sairá satisfeito. Sendo assim, concluímos que um diálogo bem realizado é capaz de construir entendimento e fazer as pessoas mudarem suas atitudes.

É comum ouvirmos falar que determinada instituição está passando por uma ‘crise’. Quando isso acontece, seja ela interna ou externa, a primeira preocupação é com a comunicação, como a informação será repassada ao receptor? Nesse momento o diálogo será primordial, para isso é necessário que haja transparência das informações para  desenvolver a empatia sobre o assunto em questão, assim, conseguirmos esclarecer os fatos, controlar as ações, alcançar o bom entendimento entre as partes, ou mesmo compreensão por aqueles não envolvidos diretamente com o ocorrido. Com essa construção a instituição irá diminuir os ruídos e alcançar a solução da problemática existente.

Quando se trata do mercado de trabalho, é natural encontrarmos profissionais esforçados, dedicados, que realmente “vestem a camisa” da empresa, mas, muitas vezes, são péssimos na habilidade de se relacionar como os colegas, têm dificuldades com hierarquias e se acham autossuficientes – ausentes de empatia e humildade -, nesse sentido a falta do talento na arte de se comunicar faz com que esse bom colaborador fique fora do mercado. Isso demostra que somente a competência não irá segurar seu emprego, afinal, a importância do relacionamento consiste na troca de conhecimento e na oportunidade de aprender com a experiência do outro.

Em vários momentos me deparo com pessoas que não permitem dialogar sobre seus defeitos e limitações, mas na verdade esses indivíduos utilizam dessa autodefesa para afastar as críticas, evitando levá-los à reflexão das suas ações. Isso porque o induziria à conclusão de que o grande causador por não conseguir permanecer em um emprego, em convivência familiar ou até mesmo manter amizades, é a sua falta de capacidade em respeitar as escolhas e comportamentos diferentes do que a pessoa tem como certo.

Quando nos referimos ao diálogo na construção dos relacionamentos, existe um ambiente que não podemos deixar passar desapercebido: a comunicação interna nas instituições, seja ela pública ou privada. É comum ouvirmos colaboradores reclamando da falta de informação no ambiente de trabalho, o que torna mais difícil a realização das atividades, como também alcançar o objetivo proposto pela empresa.

Para uma boa condução do processo das ações no ambiente de trabalho é necessário que a comunicação seja transparente, o feedback é essencial na evolução e motivação, e o líder precisa estar aberto a ouvir as sugestões e necessidades de seus liderados. Dessa maneira o colaborador terá uma nova perspectiva da empresa e desenvolverá suas atribuições com mais segurança e contribuirá na tomada de decisões. A construção da comunicação estratégica no ambiente de trabalho também e essencial para a integração do corpo administrativo. “Precisamos trabalhar como um corpo só, um pelo outro, onde um começa o outro consegue finalizar”, creio que essa integração das ações de forma ordenada, sempre respeitando hierarquias, facilita a integração e é importante para a saúde do relacionamento corporativo.

Gabriela Carvalho, graduada em Administração com expertise em Comunicação Social e Relações Institucionais Email: [email protected]

 





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Comentários (2)

  • Wilma

    Domingo, 18 de Agosto de 2019, 05h17
  • Gabriela muitas colocações pertinentes e um texto lindo se na prática das realidades de uma pessoa bem vivida só a interrompense em alguns pontos. Primeiro aqui funciona assim: você para ser agraciada tem que que pelo menos puxar bastante o saco da tal hierarquia que na grande maioria se postam de deuses do édem. Não pode ser objetivo, franco e nem falar a verdade senão contraria a maioria de uma cultura viciada e de más intenções. As milhões de pessoas que te cercam mil anos em um estalar de dedo te detonam de todas as formas caso não falem amém as regras da maioria que todos os dias acompanhamos envolvidas em escandânlos e pecuinhas quando você ou quem quer que seja não concorda mesmo que com descrição do coorporativismo repetitivo centenária. Como já sabemos a verdade dói. E o que é pior que em grande escala a maioria que agem por puro e exclusivo interesse egocêntrico mesmo nos âmbitos privados para agradar- como instrui- dança a dança da chuva e por fora se fazem e passam como os maiores personagens dos contos de fada. Uma pena você não ter pego gerações mais limpas e com egos menos inflados. Parabéns pela colocação. Tomara que leve de fato muito luz a tanta escuridão que hoje nos cercam com semblantes de dóceis. Eu conheço bem como nos bastidores agem. E nem de longe quero essa energía baixa perto de mim. Jamais serei conivente de personagens que estao bem detalhados no livro da psiquiatra, filosofa, historisdora e pesquisadora americana que escreveu com muito requinte de detalhes a sua obra científica Mentes Perigosas. Fica a dica para que leia a título de saber discernir e não absorver porque desejo que seu brilho e sua bondade se espalhe e ajude muitos que precisam. O mundo está sobrecarregado de mentes doentes e manipuladoras ao extremo. Façamos o movimento contrário e sejamos referência de esperança a grande maioria afetada com tudo que registrei. Sucessos querida!
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  • Jos? Arlindo

    Sábado, 17 de Agosto de 2019, 19h52
  • parabéns pelo texto Gabriela. Você brilha sempre pela pessoa que é. Abraço.
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