Opinião Terça-Feira, 27 de Janeiro de 2015, 08h:32 | Atualizado:

Terça-Feira, 27 de Janeiro de 2015, 08h:32 | Atualizado:

Gabriel Novis Neves

Guarda compartilhada

 

Gabriel Novis Neves

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Gabriel Novis

 

Mais uma lei interferindo no esquema familiar dos cidadãos acaba de serpromulgada: a da guarda compartilhada. 

Suponho que países mais desenvolvidos nem tenham necessidade desse tipode lei, já que um melhor nível cultural proporciona um maior discernimentoquanto às condutas mais adequadas aos filhos provenientes de uma relaçãoafetivo-sexual. 

Quanto mais subdesenvolvido o país maior a necessidade de ingerência doestado nas organizações familiares de seus habitantes. 

Ele esquece, porém, que o foco principal da questão é a criança. Comoela não tem poder decisório passa a funcionar como um joguete na mão de paisinescrupulosos, incapazes de priorizar o seu bem estar. 

Pela própria fisiologia feminina a mãe tem sempre laços mais profundoscom as suas crias. 

Os pais, mais preocupados com a sobrevivência da célula familiar,mantêm-se mais afastados em função de seus atributos de provedor. 

Dessa forma, a criança, normalmente, cria elos afetivos mais profundoscom a mãe, principalmente nos primeiros quatro anos de vida. 

Com a revolução industrial a mulher foi inserida no mercado de trabalhopassando assim a desempenhar uma tarefa dupla, a de mãe e a de provedora. 

Atualmente ela já domina 50% desse mercado. 

Em função dos laços biológicos fortes, no casal, a mulher permaneceproeminente em termos afetivos, não raro determinante do comportamento éticodaquele futuro adulto. 

O homem, quando de uma separação, geralmente começa a prover novasfamílias e consegue se desligar mais facilmente de laços anteriores. Isso, deum modo geral. 

A criança, fruto do primeiro relacionamento, nem sempre é aceita peloscomponentes dessa nova família formada pelo pai, o que a tornará insegura edesconfortável. 

Bem mais lúcido seria fazer uma avaliação psicológica dessa criança natentativa de buscar as suas preferências afetivas ao invés de querertransformá-la num objeto de disputa para qualquer um dos pais, principalmentepor imposições legais. 

Leis desse tipo nada mais fazem do que aumentar as pendências e asdesavenças familiares e, mais do que isso, contribuem para transformar pequenosseres em futuros adultos neuróticos, párias sociais. 

Ideal seria que toda pessoa que se dispusesse a formar uma famíliativesse a dimensão da responsabilidade no futuro de seus rebentos e que no casode uma separação futura priorizasse o absoluto bem estar deles, inclusive emdetrimento de suas vaidades pessoais. 

Entretanto, vivemos numa sociedade promíscua, pouco ética eprincipalmente pouco esclarecida que, lamentavelmente, tem pouco ou nenhumacesso à educação. 

Uma coisa é certa, aumentará, e muito, o movimento das bancas de direitode família. 

Gabriel Novis Neves

 





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Comentários (4)

  • Rita

    Terça-Feira, 27 de Janeiro de 2015, 17h32
  • penso que a tal lei veio colocar em igualdade as responsabilidades para com o desenvolvimento do rebento, visto que não se educa cidadãos apenas provendo (de um modo geral a sociedade leva á risca aquela velha maxima "quem pariu mateus, que o embale!" a sociedade que não educa seus homens para serem pais, não só provedores certamente fica receosa quanto a lei.
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  • Marcelo

    Terça-Feira, 27 de Janeiro de 2015, 14h29
  • Um texto eivado de preconceitos, como que as crianças teriam laços mais profundos com a mãe e que a mulher seria mais proeminente nos laços afetivos. Não é isso o que vejo quando muitas mães afastam os filhos dos pais simplesmente por vingança, ignorando o direito das crianças e a falta que o afeto paterno faz (pode ser diferente, mas é igual em intensidade e profundidade). O senhor não sabe o que é ver o filho, como eu vi várias vezes, chorando para ficar mais com o pai, e a mãe, com cara de satisfação dizendo que não permite e fazendo chantagem. O que nós, homens estamos reivindicando não é tirar os filhos das mães, como elas têm feito conosco, e sim equilibrar as relações, permitir às crianças a convivência com ambos genitores, cuidar dos nossos filhos, repartir as tarefas e os custos. Isso tudo nos tem sido negado por causa de preconceitos arraigados como os do senhor. Curioso que as mulheres (muitas, não todas) queiram tantos direitos e igualdade, mas quando nós, homens, queremos apenas cuidar dos nossos filhos, tais crianças passam a ser tratadas como propriedade da mãe; ou pior, como arma para agredir o ex-parceiro de forma vingativa. Pelo fim da alienação parental. Pela igualdade de direitos entre homens e mulheres. E sobretudo pelo direito das crianças.
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  • Gio

    Terça-Feira, 27 de Janeiro de 2015, 14h11
  • Sou divorcida e tenho dois filhos dessa relação. Laços afetivos são criados com amor e convivencia, não são essas leis ai que vão influenciar. Até concordo com vc Paulo em partes,tem sim muitas mães irresponsaveis, com tem pais mais irresponsaveis ainda. Nunca proibi o pai dos meus filhos de estar com ele, muito pelo contrario , eu incentivo,mas se ele não quer, o q eu posso fazer? vou obriga-lo? Eu faço minha parte honrosamente, Ele mora no mesmo bairro q os filhos e nem foi dar um abraço de Natal.Mas graças a Deus a lei do Retorno que é a unica lei q eu creio e respeito, ela vem pra todos.Parabens aos pais que se preocupam e zelam por seus filhos. Tenham a certeza que eles serão adultos melhores, menos frustrados e amorosos. A lei tem que garantir saude , educação e segurança de verdade a todas as crianças. Não concordo com Guarda Compartilhada.
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  • PAULO SCHEIN

    Terça-Feira, 27 de Janeiro de 2015, 09h34
  • GABRIEL NOVIS NEVES em parte está certo, porém tem pais, e não mães, que cuidam e educam melhor do muitas "mamãezinhas" por ai, o senhor não sabe como é difícil ficar 3 ou mais dias distante de seu filho porque a lei proíbe. Lamento que pense dessa forma, ainda bem que só é um ponto de vista.
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