Opinião Quarta-Feira, 02 de Março de 2022, 13h:42 | Atualizado:

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Eustáquio Rodrigues

Guerra na República dos Pirineus: os ratos e o barco

 

Eustáquio Rodrigues

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E eclodiu a guerra: as Guianas Chilenas declararam guerra à República dos Pirineus e invadiram os estados de Miracema do Norte e Miracema do Sul. A disputa se dá por uma área controversa, rica em pequi, bocaiuva e onde estão localizadas as maiores empresas emissoras de notas frias.

O maior poderio das Guianas Chilenas não deu chance de defesa a esses pobres estados, que caíram de joelhos ante a investida guianense. Aliás, este país, mesmo sofrendo pesadas sanções internacionais, promete conquistar todo o território Pirinéico, ante a ousadia de terem desafiado uma das maiores potências mundiais do mundo moderno.

Logo em seguida à invasão inicial, os governadores, deputados estaduais, prefeitos e vereadores dos estados e cidades atingidas empunharam rapidamente seus passaportes e rumaram bravamente para o Caribe, fugindo covarde e solenemente, deixando a população à sua própria sorte. Mas isso não pegou ninguém de surpresa, pois o caráter de tais homens públicos é notório em toda a república.

À medida que a guerra avança território adentro, deputados federais, senadores, demais governadores, o presidente e sua prole, já se preparam para empunhar também seus passaportes e partirem de forma corajosa e célere para os paraísos de sol, luxo e drinks frescos, bem longe de qualquer atividade militar. Que se dane a população pirinéica, pensaram uns. As massas de manobras que lutem, pensaram outros. Nada mais, nada menos que a típica reflexão dos homens que foram eleitos na outrora gloriosa República dos Pirineus, os quais só pensam em si, em seu bolso, nas mordomias e privilégios que agora estão ameaçados pelo guianenses.

Ao perguntarem para um cidadão Miracemense se ele pegaria em armas para defender seu estado e seu país, assim respondeu: “fui idiota por escolher esses sem-vergonhas que estão no poder, mas não vou ser mais idiota ainda em morrer por eles. Vou ficar em casa jogando baralho e tomara que a Guiana conquiste esse país mesmo. Como diria o grande filósofo de uma república distante, o Mestre Tiririca, ‘Pior que está não fica’”.

A imprensa, que passou a cobrir a Guerra diariamente e quase que 24h por dia, foi indagada, via Facebook, por uma criança de 10 anos que queria saber: “por que não noticiam de forma tão intensa assim as guerras contra as etnias curdas? A guerra na Síria? As guerras que diariamente matam milhares e milhares na África? Por que os regimes que promovem genocídio naquele continente não sofrem pesadas sanções? Por que não se mostram imagens diárias das batalhas acontecidas na África Oriental e Central?” Talvez seja porque o mundo pensa que os cidadãos dali sejam de terceira ou quarta categoria e não merecem ter uma vida digna e em paz.

Inclusive, tais cidadãos, árabes e africanos, estão sendo preteridos na hora de pegar o trem para deixar a República dos Pirineus e até mesmo cruzar a fronteira para os países vizinhos que estão recebendo refugiados. Ou seja, sofrem discriminação na hora de entrar no país e também na hora de sair.

A guerra, entre tantas coisas nefastas, serve para mostrar o caráter das pessoas, o modus operandi do ser humano e quais as características a pessoa deve ter para ser tratado com mais ou menos justiça. Serve para mostrar, também, o caráter daquele que é eleito para, com honestidade e justiça, servir o país e seu povo, na alegria e na tristeza. E serve também para mostrar o caráter daqueles que os elegeram.

Eustáquio Rodrigues Filho – Cristão, Servidor Público e Escritor. Autor do livro “Um instante para sempre”. Instagram: @epelomundo





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Comentários (1)

  • Josino

    Quinta-Feira, 03 de Março de 2022, 10h59
  • Texto perfeito. Parabéns Eustaquio.
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