É vexatória e vergonhosa a forma de fazer política em nosso país, partidos políticos, assim como seus membros; torceram, e engendraram manobras políticas para que, a proposta de emenda à Constituição que altera o sistema eleitoral e político fosse aprovada. A Câmara dos Deputados aprovou nesta quarta-feira (27) a inclusão na Constituição Federal, a autorização para que empresas façam doações de campanha a partidos políticos, mais não a candidatos. O texto foi aprovado por 330 votos a favor e 141 contra.
Esta medida por certo fortalece os partidos políticos e seus súditos, que terão maior poder de barganha. E acabam enfraquecendo os candidatos de menor posse, aqueles que não têm acesso à monarquia partidária, mais precisamente ao rei, os presidentes dos partidos políticos.
Falo dessa forma, pois com essa avalanche de Medidas Provisórias, e emendas e remendos, que são articulados, alguns, até mesmo na calada da noite, para favorecer este ou aquele seguimento, é algo inconteste.
Os dirigentes partidários devem estar pulando de alegria, primeiro, com o Relator do Orçamento 2015, senador Romero Júca (PMDB-PR), que incluiu repasse maior para partidos políticos através do Fundo Partidário, que teve um pequeno aumento, apenas triplicou seu valor.
Em seu projeto original, o governo destinava R$ 289 milhões, com a alteração realizada no Congresso, o montante passou para R$ 867,5 milhões.
A presidente Dilma Rousseff poderia ter vetado mais esta aberração, porém a mesma sancionou o Orçamento Geral da União de 2015, com essa bagatela de aumento, nos repasses do famigerado Fundo Partidário.
Agora, com a aprovação e inclusão na Constituição Federal da autorização para que empresas façam doações de campanha a partidos políticos, mais não a candidatos. Não vamos generalizar, porém, grande parte desse dinheiro poderá ter origem duvidosa, poderão ser oriundas do Petrolão ou mesmo, das fraudes bilionárias da Receita Federal e, por ai vai.
Resumo da ópera, infelizmente em nosso país, nunca teremos eleições limpas, pois na verdade nos não temos eleições, e sim compra de mandatos.
Sou prova inconteste disso, fui candidato a vereador em 2012, percebi como acontece o engendramento político, que acaba cerceando a possibilidade de alguém que não tem posses ou dotes se eleger, sem que seja preciso, se prostituir politicamente, porém, os honestos devem sim continuar na luta, se candidatando para mudar esse triste quadro, que assola nossas eleições, tanto na majoritária como na proporcional.
Pare o mundo, quero descer!
Professor Licio Antonio Malheiros é geógrafo ([email protected])
J?lio C?sar Arrais (Juli?o)
Quinta-Feira, 28 de Maio de 2015, 17h34