Opinião Quinta-Feira, 02 de Julho de 2020, 08h:44 | Atualizado:

Quinta-Feira, 02 de Julho de 2020, 08h:44 | Atualizado:

Eduardo Póvoas

Meu pai Lenine

 

Eduardo Póvoas

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4 de julho de 2020 faria você se junto conosco estivesse 99 anos.

Noventa e nove anos de experiência, de uma capacidade enorme de mediar conflitos e de uma humildade incomum.

A cada dia que passa, sinto cada vez mais sua falta. Em todos os sentidos, como sempre foi na minha vida, sua ausência me deixa, nas minhas solitárias reflexões, desorientado e a imaginar até hoje, como foi dolorida sua partida.

Quando ouço algum amigo pronunciar a palavra “pai”, é um pretexto para me deixar invejoso ao pensar que por muito tempo enchia meu peito para pronuncia-la.

Não sei medir a “distancia” que nos separa. Parece que as vezes estamos tão perto que sinto a fragrância de seu Gumex que passava no cabelo e de sua água Velva na barba.

Aí, com uma vontade desenfreada de te ouvir ou te ver, fecho meus olhos como que impedindo que esse momento se acabe, talvez querendo transforma-lo numa eternidade.

Relacionar você a todos meus momentos, é fácil, pois parece que siameses fomos em outra vida. Tudo que procuro, tenho ou consigo, vejo ao meu lado cumprimentando-me pela façanha, Jesus e você.

Vejo como vivem os jovens de hoje e como tratam seus pais, com raríssimas exceções, dobro sem pestanejar, meus joelhos para agradecer a Deus por ter recebido de você a criação que me deu, mesmo com revoltas em determinadas circunstâncias, como não me dar um Fusca no meu tempo de universitário, o que você poderia fazer, e sempre me dizia que não daria. 

Hoje entendo a sua preocupação. Com filhos e netos sei perfeitamente avaliar sua atitude em não me dar o Fusca. Talvez se me desse eu hoje não estaria sentado à frente deste computados a te venerar.

Foste meu querido pai para mim, tudo que um jovem poderia pedir a Deus, que seu pai assim fosse.

Tive momentos impares de felicidades ao lado de você e da mamãe, não significando que esses momentos não me façam chorar de tristeza ao relembra-los hoje.

Professor era como você gostava de ser reconhecido. Eu sinto um orgulho enorme quando me chamam de filho do Prof. Lenine Póvoas.

Dia 4 de julho se aqui estivesse eu estaria comprando as empadas e os pasteizinhos da D. Maria para você tomar com seu guaraná Gut Gut. Enfim.....

Te amo pai.

EDUARDO PÓVOAS- FILHO DE LENINE PÓVOAS

 





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Comentários (1)

  • Laura Rosa Figueiredo Dias Pereira

    Sexta-Feira, 03 de Julho de 2020, 09h30
  • Emocionante declaração de amor ao teu pai! Creio que tuas palavras falaram por todos os filhos que choram por seus pais. Estudei na Escola Estadual de 1o 2o Graus Professor Nilo Póvoas do prezinho à 8a série, concluída em 1989. Dia 05 de julho completarei 45 anos e me lembro com muito carinho e saudade da Escola de minha infância! Levo lindas lembranças de tudo o que vivi e aprendi ali ao lado de meus colegas, dos meus professores, dos funcionários da escola. Lembro-me do seu Máximo que cuidava do portão, do Doca da lanchonete 😜, e de tudo! Cada dependência, cada cantinho dessa escola de arquitetura tão bela! Meu respeito e admiração por todos os descendentes dos Professores Nilo e Lenine Póvoas. Gratidão 🙏
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