Opinião Terça-Feira, 06 de Março de 2018, 11h:12 | Atualizado:

Terça-Feira, 06 de Março de 2018, 11h:12 | Atualizado:

Charlles Setúbal

Oficial de Polícia Civil: a unificação para melhor combater o crime

 

Charlles Setúbal

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A sociedade brasileira vive, atualmente, uma grande onda de violência em todos os cantos do país. Já não é mais uma realidade apenas das grandes metrópoles, como Rio de Janeiro, São Paulo, Belo Horizonte, entre outras, atingindo, inclusive, cidades do interior, de pequeno, médio e grande porte.

Quando procuramos saber o motivo de tal fato estar ocorrendo, as cúpulas da Segurança Pública em todo o país são uníssonas, ou seja,  sempre explicam que há  muitos fatores, entre eles, a falta de gente para trabalhar na segurança pública, seja na Polícia Civil, ou Militar. No entanto, se fosse só por isso, não teríamos mais problemas de insegurança, pois nos últimos anos, ao menos em Mato Grosso, desde 2011, houve 2 (dois) concursos para Delegados e  2 (dois) concursos para Investigador e Escrivão de Polícia desde 2011, assim como para a Polícia Militar.

Então, o problema pode não estar somente nos números. Pode estar na falha de gestão em saber onde se alocam os policiais. Os que chegam recentemente à polícia civil, atualmente, são estranhamente postos em lugares que, por mérito e antiguidade, deveriam ser da preferência de policiais mais antigos. Voltemos. É uma conta que não fecha, pois se tem gente nova, estes profissionais deveriam estar ocupando lugares onde faltam policiais, tais como Delegacias de Polícia, isto é, onde deveria ter mais, tem menos, e onde deveria ter menos, tem mais.

Hoje, as polícias civis são divididas em três cargos: Delegado, Escrivão e Investigador. O primeiro, já entra como chefe dos Escrivães e Investigadores, independente da experiência profissional desses 02 (dois) cargos. No entanto, estes profissionais, que são a ponta da linha, poderiam exercer, sem prejuízo, as mesmas funções, dando mais eficiência à polícia civil. Por exemplo: hoje, os atuais policiais civis são formados em diversas áreas, tais como Direito, Ciências da Informação (diversas áreas de informática), Ciências Aeronáuticas, Letras, Comunicação Social, Jornalismo, Enfermagem, Odontologia, Ciências Contábeis, Ciências Econômicas, Pedagogia, História, Geografia, Ciências Políticas, entre outros respeitáveis cursos. Com toda essa riqueza e diversidade de conhecimentos, é inegável que hoje o policial civil (Escrivão e Investigador) tem toda a capacidade de exercer funções além das quais já foram preparados. Dessa unificação, teremos um Policial Completo que pode investigar e atuar em procedimentos burocráticos necessários para formalizar os atos a serem entregues ao Judiciário e Ministério Público.

A problemática dos números, inicialmente relatado, facilmente seria resolvida pelo governador do Estado do Mato Grosso se o mesmo adotar uma medida inteligente, como os Estados de  Minas Gerais, Ceará, Rio de Janeiro, Espírito Santo, Sergipe, além da Polícia Federal,  já pensam em adotar, ou seja, pondo em prática a fusão dos cargos de Escrivão de Polícia e Investigador em um somente, com sigla e nome diferentes dos atuais (Oficial de Polícia Civil), sendo que todo o trabalho de investigação seria feito por todos, deixando de sobrecarregar a figura de um somente. O trabalho administrativo ficaria por conta de quem ingressou na instituição para isso: os servidores administrativos.

É notório que são atividades diferentes, mas que se cruzam em si mesmas. Não podemos deixar com que as atividades de um fiquem paradas a depender de outro, se um não estiver. É o mesmo que ter de esperar pelo andamento de um procedimento a depender de uma única assinatura. É inconcebível em um país que quer caminhar para o nível de desenvolvimento e resolver seu problema de violência.

O que se observa hoje é que uma parcela dos investigadores teme essa unificação porque acham que gerará um efeito contrário, ou seja, a Cartorização geral da Polícia Civil. No entanto, esta Cartorização já existe, pois ela é uma cópia mal feita das Varas Judiciais. A nossa Polícia é uma Polícia Civil e não uma Polícia Judiciária. Só exerce função Judiciária quando cumpre Mandados Judiciais. Fora disso, é uma Polícia Civil do Poder Executivo com função administrativa.

Há quem seja contra, pois com a gênese do cargo único haverá o fim da cartorização da polícia civil e o início de uma reforma da investigação policial, fazendo com que estas funções não sejam usurpadas, pois qualquer policial civil poderá fazer Boletim de Ocorrência, dar andamento a Inquéritos (Flagrante e Portaria), Termos Circunstanciados, Boletins de Ocorrências Circunstanciados, Medidas Protetivas, Atos Infrancionais, entre outros, além de poder investigar. O ideal é que se acabe, ou se diminua o excesso de burocracia nos procedimentos, para que tudo ande mais rápido.  

Esta unificação de cargos implantada precisará de um pequeno lapso temporal para que dê os primeiros frutos e mais um pouco de paciência da população, pois não é uma mais uma panaceia, mas, sim, uma solução mais séria do que as últimas apresentadas em níveis federais.

O resultado desta evolução “anticartorial” será a rapidez nas investigações, o sentimento do dever cumprido, a diminuição das licenças por alto grau de estresse e o contentamento da sociedade.  Quem pensa contrário, age com um corporativismo maldoso e destruidor das possibilidades de melhorias no combate ao crime.

Charlles Fúlvio Rocha Setúbal – Escrivão de Polícia Civil

Formado em Letras Português (UnB)e Direito (UniC), com pós em Pedagogia (Uninter).





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Comentários (49)

  • Charlles Set?bal

    Sábado, 10 de Março de 2018, 16h38
  • Voce é a favor ou contra a unificação dos cargos de investigador e escrivão ? Vamos votar pessoal ! https://www.quiz-maker.com/poll1902302x825547e7-53
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  • Ad?o Silva

    Sexta-Feira, 09 de Março de 2018, 12h03
  • "A modernização das polícias brasileiras passa pela quebra dos grandes interesses corporativos, que apenas favorecem seus extratos superiores. Precisamos criar unidades menores de polícia, ao menos nas grandes regiões metropolitanas, compostas por policiais de diferentes formações técnica e profissional, em carreira única, bem preparados e remunerados. Essas unidades deveriam ser de ciclo completo, sendo responsáveis pela prevenção, investigação, inteligência, planejamento e integração com a comunidade." Fonte: http://www1.folha.uol.com.br/colunas/oscarvilhenavieira/2017/02/1859938-novo-ministro-precisa-reformar-e-modernizar-policias-e-politica-criminal.shtml
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  • Ad?o Silva

    Sexta-Feira, 09 de Março de 2018, 10h08
  • Não quero ser DELEGADO não. Não gosto de fazer DESPACHITO! Me diga um DELEGADO que é OPERACIONAL. Quem levou o tiro naquela operação do sequestro da empresária? Delegado ou Investigador? Então, quem é polícia no caso? No interior, sei que muitos Escrivães, inclusive Escrivãs, que se tornam operacionais também, por necessidade e por querência também. Então, MARCOS PAPUDO, não ache que vai dividir Escrivães e Investigadores. Já sacamos da ideia dos Deltas.
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  • Ad?o Silva

    Sexta-Feira, 09 de Março de 2018, 09h54
  • E o Marcos deve ser um Delegado que quer manter servil os Escrivães e Investigadores que não pensam, mero bajuladores. Ou pode ser um Escrivão, do grupo de imbecis que querem ser Assessores de Delegado que lutam para que o curso de Direito seja o único como forma de acesso ao cargo de Escrivão. Ou pode ser um Investigador, do grupo de imbecis que servem como ascensorista, de motorista de Delegado, de faz tudo (Severino), vigia de prédio, puxa-saco, entregadores de intimação, já que não tem capacidade de raciocinar e investigar. Ambos, grupos de imbecis que não querem ter VIDA PRÓPRIA, asa própria, querem ser somente um robô, sem iniciativa, um reles servidor público que não faz a diferença contra a criminalidade, dando sobrevida a outro cargo que produz só estatísticas positivas para si, usando os cargos de Escrivão e Investigadores.
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  • Tiger de Souza

    Sexta-Feira, 09 de Março de 2018, 08h29
  • Institucionalização é o termo usado para descrever tanto o processo de, quanto os prejuízos causados a seres humanos pela aplicação opressiva ou corrupta de sistemas de controle sociais, médicos ou legais inflexíveis por instituições públicas, ou sem fins lucrativos criadas originalmente com fins e razões benéficas. Esta normalmente associada às chamadas instituições totais. Alguns pensadores contemporâneos argumentam que muitas pessoas que trabalham em grandes instituições podem ficar institucionalizadas. As estruturas e rotinas de suporte podem levar ao estreitamento ou redução do senso crítico individual. Este estado mental subserviente pode levar ao desprezo ou a reações retardadas a alterações externa à organização prejudicando sua adaptação a novas circunstâncias. Fonte: Wikipedia
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  • Tiger de Souza

    Sexta-Feira, 09 de Março de 2018, 08h29
  • Institucionalização é o termo usado para descrever tanto o processo de, quanto os prejuízos causados a seres humanos pela aplicação opressiva ou corrupta de sistemas de controle sociais, médicos ou legais inflexíveis por instituições públicas, ou sem fins lucrativos criadas originalmente com fins e razões benéficas. Esta normalmente associada às chamadas instituições totais. Alguns pensadores contemporâneos argumentam que muitas pessoas que trabalham em grandes instituições podem ficar institucionalizadas. As estruturas e rotinas de suporte podem levar ao estreitamento ou redução do senso crítico individual. Este estado mental subserviente pode levar ao desprezo ou a reações retardadas a alterações externa à organização prejudicando sua adaptação a novas circunstâncias. Fonte: Wikipedia
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  • Marcos

    Sexta-Feira, 09 de Março de 2018, 07h12
  • Adão Silva dever um daqueles Escrivães Frustrados, que quer ser Delegado ou Investigador ! KKKKKKKKKKKKKKK
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  • Evandro Pereira Assun??o IPC

    Quinta-Feira, 08 de Março de 2018, 20h27
  • Penso assim: todos devem fazer os serviços de investigação seja escrivão ou investigador, pois não se investiga somente indo pra rua, mas também acessando os sistemas de investigações nacionais e estaduais, mas os serviços administrativos como ofício, solicitando de laudo, enfim o cartório deve ficar com as agentes administrativos ou escrivão que quisesse trabalhar no cartório.
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  • F?bio Civil

    Quinta-Feira, 08 de Março de 2018, 18h15
  • Sou Inspetor de Polícia Civil e a Favor de um cargo ÚNICO nas Polícias Civis... A necessária discussão sobre a reforma no falido modelo de segurança pública adotado no Brasil, único no mundo e com aspectos herdados do periodo imperial, esbarra em algumas resistências internas na própria base das polícias, algumas por interesses particulares e outras que se explicariam apenas por algum fenômeno similar a chamada "síndrome de estocolmo", pois a adoção de medidas como a carreira única policial com entrada pela base, o ciclo completo mitigado de policiamento e a desburocratização do Inquérito Policial, com o afastamento do seu aspecto jurídico-processual-cartorial, retirariam as amarras que hoje inibem a atuação dos próprios policiais e livrariam o sistema dos gargalos existentes, tornando o modelo mais leve, moderno e compatível com o praticado com sucesso em todo o mundo desenvolvido. "Você precisa entender: A maioria destas pessoas não estão preparadas para despertar. E muitas delas estão tão inertes, tão desesperadamente e dependentes do sistema, que irão lutar para protegê-lo." Morpheus "
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  • Ad?o Silva

    Quinta-Feira, 08 de Março de 2018, 14h25
  • Mas como tem investigador idiota! Ainda bem que a maioria dos investigadores são inteligentes e já captaram que esse novo cargo será um passo para a modernidade. O que esses pseudo-investigadores (devem ser vigias de prédio, puxa-saco de delegados, entregadores de intimação, ou preguiçosos) querem é vida mansa. Investigar nunca investigaram. E nem atualizar-se querem. Esse pleito defendido pelo SIAGESPOC fará história. Não é só aqui que isso vai acontecer. Vai ser em todo o Brasil. Investigador inteligente, pensa, conversa e troca ideias. Investigador burro fala asneira como que todos farão serviço cartorário. Vocês não querem nada. Se pudessem ser servidores fantasmas, vocês seriam. Seus investigadores de mentira. Seus nadas.
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  • Alberto Santos

    Quinta-Feira, 08 de Março de 2018, 10h02
  • Penso da seguinte forma ! Os Escirvães que são verdadeiros ESCRAVÃOS de Delegado, estão querendo dividir uma tarefa que é sua. Não caiam nessa Investigadores.
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  • Paulo

    Quinta-Feira, 08 de Março de 2018, 09h59
  • Se os Investigadores aceitarem isso, vão se arrepender amargamente pelo resto da vida..., na verdade os únicos interessados nisso são os Escrivães. Pergunto a vocês Investigadores ! Vocês querem fazer serviço Cartorário ? Pois eu não quero !
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  • Marcos

    Quinta-Feira, 08 de Março de 2018, 09h55
  • SOU ESCRIVÃO E NÃO AGUENTO ESSE SERVIÇO CARTORÁRIO, MUITO EXTRESSANTE, ENTÃO QUERO IR PRA RUA TAMBÉM, DIVIDIR MINHA PROFISSÃO COM OS COLEGAS INVESTIGADORES ! QUANDO FIZ CONCURSO, NUNCA IMAGINEI QUE ESSA PROFISSÃO DE ESCRIVÃO ERA TÃO ÁRDUA. TOMARA QUE SONSIGAMOS, POIS VAI SER UMA VITÓRIA PARA A CATEGORIA.
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  • Ednir Nascimento

    Quarta-Feira, 07 de Março de 2018, 16h22
  • Parabéns pela análise sensata. As polícias do Brasil precisam sair do século XIX. Elas devem ser atualizadas. Devem ser polícias do presente século, com ciclo completo, entrada única, progressão na carreira pela experiência, merecimento e grau de especialização. O nível de violência aliado à baixa resolutividade de crimes demonstram que o sistema arcaico da segurança pública faliu.
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  • Milkson Caetano

    Quarta-Feira, 07 de Março de 2018, 15h04
  • Excelente artigo, Charlles! Entrada Única, Ciclo Completo de Policiamento e Desburocratização da Investigação Policial, JÁ! A sociedade brasileira merece uma Polícia Investigativa que a atenda com maior eficiência (O Índice de Elucidação de Homicídios no Brasil é de pífios 8%), até porque a carga tributária no país é altíssima. O Brasil não precisaria reinventar a roda, apenas adotaria o que tem dado certo mundo afora.
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  • Elaine - EPC

    Quarta-Feira, 07 de Março de 2018, 10h59
  • Digite o texto aquiConcordo com os apontamentos do colega Escrivão. É bom lembrar que o mesmo aconteceu quando se pleiteava o nível Superior. Muitos diziam que era um retrocesso. No entanto, com o tempo, cada um, a seu tempo, foi se adaptando e percebendo que as alterações foram para a melhor. Acredito que rompendo com as amarras do passado e entendendo que o mundo não para, sempre estando em mudança, assumiremos a consciência de que trabalhamos para nós mesmos. Nosso objetivo é bem atender a sociedade a qual estamos inseridos, pois um dia podemos solicitar aquilo que produzimos. Não podemos nos esquivar de nossas falhas. Temos que entender que fazemos partes desse conjunto, sem apontar para o outro e sim chamando para nós a PRÓPRIA RESPONSABILIDADE.
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  • Elaine - EPC

    Quarta-Feira, 07 de Março de 2018, 10h52
  • Concordo com os apontamentos do colega Escrivão. É bom lembrar que o mesmo aconteceu quando se pleiteava o nível Superior. Muitos diziam que era um retrocesso. No entanto, com o tempo, cada um, a seu tempo, foi se adaptando e percebendo que as alterações foram para a melhor. Acredito que rompendo com as amarras do passado e entendendo que o mundo não para, sempre estando em mudança, assumiremos a consciência de que trabalhamos para nós mesmos. Nosso objetivo é bem atender a sociedade a qual estamos inseridos, pois um dia podemos solicitar aquilo que produzimos. Não podemos nos esquivar de nossas falhas. Temos que entender que fazemos partes desse conjunto, sem apontar para o outro e sim chamando para nós a PRÓPRIA RESPONSABILIDADE.
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  • De olho

    Quarta-Feira, 07 de Março de 2018, 09h18
  • A polícia está parada pq quem faz investigação não.pode trabalhar apenas meio período até mesmo pq chegam as 13:30 e saem as 17:40 aproximadamente assim precisar dobrar o efetivo sem contar com as moitas
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  • Elaine - EPC

    Quarta-Feira, 07 de Março de 2018, 09h11
  • Apoio a ideia! A unificação fortalecerá a segurança pública. Parabéns pela explanação.
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  • [email protected]

    Quarta-Feira, 07 de Março de 2018, 06h38
  • Os deltas "calcas curtas" eram frutos do meio, o concurso público era uma piada. Dos gabinetes os deltas não conseguem ver o q acontece nas ruas. O nivel do servidores publicos aumentou, tanto é que sem estrutura fazem milagres.
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  • Charlles Set?bal

    Quarta-Feira, 07 de Março de 2018, 05h48
  • Bom dia! Li alguns comentários torpes, fúteis, infantis e de caráter pessoal. Com esta repercussão, vejo o quão o tema é importante, pois tem gerado reações, inclusive, fazendo com que algumas pessoas tenham criado apelidos FAKES para poderem atacar a minha pessoa, utilizando, por exemplo, a questão de não ter passado em concurso para Delegado. Que bom! Realmente, não passei, não tinha obrigação de passar e não preciso dar conta da minha vida a ninguém. Foi meu primeiro concurso para o cargo e não sei se farei outro, tendo em vista que já sou o que preciso ser: um verdadeiro policial civil. Tenho visto FAKES jogarem Escrivães contra Investigadores e vice-versa. Estratégia maquiavélica rasa de DIVIDIR para DOMINAR. Não caiam nesta, colegas. Se somarmos o número de Escrivães e Investigadores somos muito mais. Somos capazes, inteligentes e não precisamos passar em outro concurso para provar o que somos. O projeto de união de cargos visa nos colocar à frente a um futuro promissor em que a adaptação será rápida. A mudança virá, querendo ou não! E mudanças causam incômodos mesmo. Mas raciocinem: a mudança mesmo será para quem ingressar nos próximos concursos, ou seja, nossos cargos atuais serão extintos, sendo criado o OPC (Oficial de Polícia Civil) e continuaremos a fazer o que já fazemos, adaptando-se à nova realidade, cada um no seu tempo e sem traumas. Colegas Investigadores e Escrivães, se somarmos nosso contingente, verão o motivo de causarmos medo. Somos em maior número. Somos capazes. Só falta muitos acreditarem nisso e deixarem de agir como Síndrome de Gabriela ("eu nasci assim, eu cresci assim, e sou mesmo assim, vou ser sempre assim...Gabriela...sempre Gabriela"). Há Investigadores e Escrivães capazes que podem, em um futuro próximo, ser os futuros gestores. Não há necessidade de os atuais gestores se preocuparem. Ninguém quer tirar nada de ninguém. Ninguém quer usurpar ninguém. Mas o futuro está chegando e com eles, mudanças. O atual modelo de Segurança Pública no Brasil inteiro é um fracasso, já demonstrado em diversos estudos, entre eles, o do autor Michel Misse, em “O Inquérito Policial no Brasil, uma pesquisa empírica”. A unificação dos cargos é só a ponta do Iceberg para a implementação de uma mudança que logrará êxito. Dizem que “Em time que se está ganhando, não se mexe”, no entanto, não é o caso. Tem que mexer. O modelo que queremos é o mesmo que se utiliza em países desenvolvidos, fazendo-se as adaptações necessárias. Nada com relação a modelos antigos como “calça curta”, ou clientelismo citado por um FAKE. Se a Lava-Jato deu certo, mostrando a seriedade que o brasileiro pode ter, por que não dará certo na Polícia? É só querermos. Estou dando uma contribuição a todos aqui, dando a minha opinião. Não precisa concordar com ela. Mas seja uma pessoa inteligente e discuta em bom nível. Não somos um país em que as liberdade individuais estão cerceadas. Não desrespeitei ninguém neste espaço. Sejamos melhores do que podemos ser. Sejamos homens e não utilizemos o anonimato, que é vedada pela Constituição, pois isto sim, é coisa de covarde!
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  • Manoel

    Quarta-Feira, 07 de Março de 2018, 00h21
  • Escrivão deveria ganhar mais, já que faz a parte chata da coisa e investigador e escrivães deveriam ganhar diária toda vez que arrisca a vida. Creio que hierarquia e merecimento sejam o ponto fundamental...
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  • Paulo

    Quarta-Feira, 07 de Março de 2018, 00h16
  • Parabéns pelo artigo. Sou Investigador de polícia e apoio a fusão dos cargos de Escrivão e Investigador _ ATIVIDADE-FIM da PJC. A policia precisa melhorar a estrutura funcional unificando a investigaçao e a sociedade tende a ganhar com maior eficiência, eficácia e efetividade na execuçao dos processos. As atividade-meio, como as administrativas e patrimonial, podem ser exercidas por cargos de técnicos administrativos e agentes patrimoniais com remuneração fixada em valor pago pela média do Estado. O Sindicato dos Investigadores esta fazendo reuniões em prol da unificação.
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  • OS VERDADEIROS TIRAS

    Terça-Feira, 06 de Março de 2018, 22h25
  • Eu como cidadão digo aos que se auto intitulam TIRAS ai dos comentários.. Favor estudar e passar na PF, porque ali sim existe serviço prestado ao Brasil.. Vcs têm que evoluir muito antes de ficarem com toda essa soberba aí.
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  • Alegrense

    Terça-Feira, 06 de Março de 2018, 21h16
  • Hipócrita, é um escrivão frustrado porque não passou para Delegado dePolícia. É só verificarem o edital de inscritos no último concurso de delegado que este sujeito que prega a unificação consta como candidato. É fácil querer ascensão sem estudar para tanto, fácil também querer receber um salário de delegado sem ter passado num concurso.
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  • IPC Jos? Paiva

    Terça-Feira, 06 de Março de 2018, 21h10
  • Quando a pessoa faz concurso concurso pra escrivão , ela pensa assim: -"É melhor fazer pra escrivão. Não me arisco na rua. Vou trabalhar em uma sala com ar condicionado. E nao vou me ariscar". É assim que o homem frouxo pensam. Nos investigadores somos linha de frente, destemidos e vestimos a camisa.
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  • N?o a unifica??o e sim 60% da remunera??

    Terça-Feira, 06 de Março de 2018, 21h04
  • Que mané unificação, rapaz vamos lutar pela diferenciação salarial, somos uma carreira técnica jurídica e não meros entregadores de papéis e olhem lá, tem investigador que não consegue preencher um boletim de ocorrência, e a narrativa? Meus Deus é sofrível, se não fosse por nós escrivães, a polícia civil já tinha sido extinta. O cargo de escrivão é para os fortes, quem não quer fazer nada e se encostar no serviço público presta concurso para enrolador digo investigador, que nao sei o motivo da exigência de nível superior pela natureza do cargo não condiz com a realidade.E outra já existem diversos projetos no congresso a nosso favor, não vou falar pois o tal do investigador , além de não fazerem nada, são um bando de invejosos, somos superiores, somos excelentes na orientação e atendimento ao público, no andamento processual, e outra galera, vamos botar os investigadores para trabalharem, expedir ofício,intimação, ordem de serviço para compensar o alto salário que recebem para trabalharem como entregador de papéis, e ficam atrás do computador comentado, vão trabalhar cambada, vão prender, vão investigar, Cuiabá tá dominada pelo crime, vão trocar tiro, lugar de investigador é na rua.
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  • Papa Mike

    Terça-Feira, 06 de Março de 2018, 20h58
  • Quem sabe se unificar àqueles investigadores "moitas" começam trabalhar um pouquinho.
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  • Charlles Set?bal

    Terça-Feira, 06 de Março de 2018, 19h47
  • Boa Noite! Fico feliz que este espaço democrático rendeu comentários, em sua maioria, de bom nível. Os investigadores insatisfeitos ainda não entenderam o cerne da questão: unir para crescer, ou seja, 1+1 = 2. Somos maiores em número, se não perceberam. Não sejam manipulados. Sejam donos do próprio destino! Que Deus nos proteja!
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  • Rodrigo BABU

    Terça-Feira, 06 de Março de 2018, 19h08
  • Parabéns pelo explanado...Entendamos que as raízes da Burocracia está na justificativa que o Estado não promove medidas de solucão instantâneas, gerando a necessidade de uma marcha para a pretendida finalidade...Então legítima...podendo até ser impopular. No caso em tela, resvala que o CRIME é considerado ato complexo e as formulas atuais estão fornecendo respostas acanhadas. E na Segurança Pública todos os atores tem sua parcela de atuação...Por isto noutros lugares há o que conhecemos agências de atuação...pois mais específica serão as respostas. Procuremos talvez a CURA da DOENÇA ou quem sabe a DOENÇA da DOENÇA poderá surtir inovados resultados.
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  • Jhonathan cardoso

    Terça-Feira, 06 de Março de 2018, 19h06
  • Sou investigador de policia lotado em primavera do leste. Endosso a medida e a subscrevo nāo só do ponto de vista institucional mas na qualidade de cidadāo. De mais a mais servidor nao tem direito adquirido a regime juridico e discussões como essa são muito bem vindas.
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  • Agente de Pol?cia

    Terça-Feira, 06 de Março de 2018, 18h38
  • Vejo aqui muitos escrivães, que abriram seus olhos sobre a injustiça que lhes acontecem em seus locais de trabalho. Vejo muitos delegados com medo de o sistema de investigação evoluir e virar carreira única. Bem como vejo muitos detetives com medo de se unificarem com os escrivães e terem que trabalhar de verdade. O leva dos Policiais Civis do Brasil é: O que eu preciso fazer para ganhar mais e trabalhar menos? O que fugir disso, é abominável. Assim a Policia nunca evoluirá. Assim o descredito em cima da Policia Judiciária brasileira sempre aumentará. Mas que se foda ne? O meu trabalho fim não interessa, afinal meu salário é o mesmo e minha luta sempre será para ganhar mais trabalhando menos. Desejo sorte aos irmãos escrivães contra a injustiça que vocês sofrem nas Dps.
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  • F?bio Civil

    Terça-Feira, 06 de Março de 2018, 18h18
  • A polícia civil de todo Brasil, já percebeu que precisa melhorar. A PEC da carreira única esta tramitando em Brasília, certo que cada estado, deve buscar ficar de standy by , buscando UNIFICAÇÃO dos CARGOS, para quando a PEC virar lei, é só encaixar. Nós políciais civis do estado do Rio de janeiro, queremos a carreira única, para melhor respirar profissionalmente
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  • Estagi?rio s?nior

    Terça-Feira, 06 de Março de 2018, 18h01
  • O caso é simples, esse Charles Dúbio não conseguiu passar no concurso de delegado da polícia civil, agora está procurando outra forma de ser chefe, simples assim, não deu pela porta da frente vai pela dos fundos.
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  • Valter Schmitz

    Terça-Feira, 06 de Março de 2018, 17h34
  • Antes o cargo de delegado era preenchido pelos policiais mais antigos e não deu muito certo. São os delegados “calça curta”. Talvez um sistema que atribua pontos a quem está na classe mais antiga em concurso seja mais adequado. Sistema que premia tempo pode gerar mais cacique que índio e se tiver como critério somente esse “mérito” pode ser que delegados sejam somente os puxa sacos, os que têm influência política. O atual sistema premia o conhecimento e qualquer um pode ser delegado, desde que passe no concurso.
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  • Servidor

    Terça-Feira, 06 de Março de 2018, 16h13
  • Só vejo Escrivão com interesse nesse causa! Francamente! Tanto na PC e na PF, só escrivão quer isso! Na boa, vão estudar galera! Se eu quisesse ser Escrivão, teria feito concurso para tal... E outra, qualquer estudante razoável sabe que nota de corte em concurso pra Escrivão é INFINITAMENTE menor que para Investigador PC ou Agente PF
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  • JOCINEY LEMES

    Terça-Feira, 06 de Março de 2018, 14h47
  • Mto boa explanação. Ratifico integralmente.
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  • Adonis

    Terça-Feira, 06 de Março de 2018, 14h11
  • Excelente artigo!!! E uma ótima alternativa para segurança pública.
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  • Alberto Carlos

    Terça-Feira, 06 de Março de 2018, 14h09
  • A polícia civil de todo Brasil, já percebeu que precisa melhorar. A PEC da carreira única esta tramitando em Brasília, certo que cada estado, deve buscar ficar de standy by , buscando UNIFICAÇÃO dos CARGOS, para quando a PEC virar lei, é só encaixar. Nós políciais civis do estado do Rio de janeiro, queremos a carreira única, para melhor respirar profissionalmente.
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  • Alberto Carlos

    Terça-Feira, 06 de Março de 2018, 14h09
  • A polícia civil de todo Brasil, já percebeu que precisa melhorar. A PEC da carreira única esta tramitando em Brasília, certo que cada estado, deve buscar ficar de standy by , buscando UNIFICAÇÃO dos CARGOS, para quando a PEC virar lei, é só encaixar. Nós políciais civis do estado do Rio de janeiro, queremos a carreira única, para melhor respirar profissionalmente.
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  • Jo?o

    Terça-Feira, 06 de Março de 2018, 13h45
  • Governo do Estado aprovar uma bosta dessa eu saio da Polícia Civil . Tanta coisa pra ser feita e esses sindicatos querem jogar merda no ventilador ...
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  • Eduardo Leminski

    Terça-Feira, 06 de Março de 2018, 13h44
  • Discordo totalmente, até porque escrivão de polícia sequer sabe fazer uma abordagem. Todavia, acredito poderíamos ter agentes administrativos como na polícia federal somente para dar andamento. A crise na segurança pública não vai ser resolvida com a mudança de nomenclatura como pretende fazer crer esse escrivão. O problema maior das polícias é a falta de investimentos e aperfeiçoamento. Agora vir aqui dizer que se mudarmos para uma carreira única isso resolverá o problema é viver uma utopia de países socialistas que estão falidos, tais como a Venezuela. Talvez se o nobre escrivão tivesse conhecimento sobre os projetos de unificação que tramitam no congresso nacional não falaria tanta bobagem.
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  • Aline

    Terça-Feira, 06 de Março de 2018, 13h42
  • Sindicatos de Polícia civil de Mato Grosso inventando moda ! Só isso !
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  • Julio Silva

    Terça-Feira, 06 de Março de 2018, 13h36
  • UNIFICAÇÃO DE CÚ É ROLA ... QUE BAGAÇA É ESSA, SOU TIRA MANO ! ESCRIBA JAMAIS !!
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  • Charles

    Terça-Feira, 06 de Março de 2018, 13h25
  • CARAMBA ! QUE RETROCESSO ! TOMARA QUE O GOVERNADOR REPROVE ISSO, POIS SOU INVESTIGADOR E SOU CONTRA ESSA UNIFICAÇÃO ! TEM INVESTIGADOR ACHANDO QUE VAI SER MELHOR, MAIS AO MEU VER VAMOS SER PREJUDICADOS, POIS TEREMOS QUE FAZER SERVIÇO DE ESCRIVÃO ! CADA UM NO SEU QUADRADO !! TO FORA !!
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  • Danilo

    Terça-Feira, 06 de Março de 2018, 12h02
  • Perfeito. A sociedade ganhará imensamente.
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  • Carvalho

    Terça-Feira, 06 de Março de 2018, 11h45
  • Que riqueza de informações, que texto explicativo de funções da PUC. Vejo que a unificação já era para ter feito. Devemos evoluir em uma sociedade que merece o melhor do serviço público!!!
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  • Antonio Moraes

    Terça-Feira, 06 de Março de 2018, 11h37
  • A unificação dos cargos da base é o primeiro passo para alcançarmos a carreira única. Esta, modalidade de organização de cargos policiais dos países desenvolvidos. O grande problema da Segurança Pública está na desorganização interna de seus órgãos. Estes deveriam ser estruturados para o serviço público essencial policial e não para cuidar de interesses corporativos.
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  • Carmem Leite

    Terça-Feira, 06 de Março de 2018, 11h32
  • Concordo com você em número, gênero e grau, uma ideia muito boa para ser implantada, o quanto antes
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