Pode-se conceber que um deputado federal não tenha consciência de que a ética, na política, é condição imprescindível?
A ética é um valor relevante que determina a qualidade de um cidadão.
É de estarrecer ouvir de um deputado federal, em discurso proferido em palanque, para ser ouvido por centenas e centenas de cidadãos, um exemplo do que é ser aético.
As expressões usadas para designar a Presidente da República do Brasil foram revoltantes.
A língua portuguesa é rica no seu vocabulário e no seu léxico. Expressar um pensamento, uma opinião traz consigo também o grau comparativo da educação do orador.
Não são somente os acadêmicos que se expressam da forma correta exigida pela cidadania, mas sim, todo aquele que aprendeu, desde cedo, que o respeito se revela nos atos e nas palavras. "Lógico que não se pode chegar ao romantismo quando a exigência de uma reprimenda tem que ser traduzida numa palavra verdadeira"
O brasileiro, no seu linguajar, já substituiu várias palavras irreverentes, cruas por expressões amenas, menos contundentes, mais leves e até românticas, como por exemplo, "fazer amor".
Lógico que não se pode chegar ao romantismo quando a exigência de uma reprimenda tem que ser traduzida numa palavra verdadeira.
Dizer a uma pessoa que está inoperante é mais civilizado que chamá-la por um sinônimo vulgar,por um termo enquadrado em reles palavreado.
Os partidos políticos deveriam exigir de seus filiados o comportamento moral e ético.
Esse comportamento, assim, seria preservado mesmo quando expressarem uma opinião, uma análise, uma qualificação de foro íntimo sobre quem desejam atingir.
O deputado federal baixa o nível da sua posição, quando despreza a ÉTICA!
"CESSE TUDO QUANTO A MUSA ANTIGA CANTA,
QUE UM PODER MAIS ALTO SE LEVANTA"
Reforçando minha opinião - no caso, a ÉTICA!
MARIA LYGIA DE BORGES GARCIA é poetisa, escritora, ex-primeira-dama de Cuiabá e de Mato Grosso.