Os tempos mudaram e vão mudar ainda mais, quebrando conceitos, forçando novos pensamentos sobre esses e os preconceitos (são coisas diferentes, diga-se). O Poder Judiciário, por exemplo, em especial o estadual de Mato Grosso (TJMT), vem despontando e capitaneando, em vanguarda, tudo aquilo que dispunha, mas que as barreiras da cultura da “mesmice”, além da “tecnofobia”, o impediam.
O teletrabalho e a Internet, que já não é mais uma criança, passaram, enfim, a serem utilizados em benefício da economia de orçamento de um Poder, afinal, a um custo relativamente muito barato.
O presidente do Poder Judiciário, há alguns dias, se aproximou da sociedade como nunca antes havia ocorrido com qualquer um deles (e não falo por demérito aos demais, mas por circunstâncias), ao realizar uma “produtiva e feliz live” nas redes sociais, interagindo com o povo, estivessem os cidadãos onde quer que fosse. Sem dúvida, a pandemia nos isolou, uns dos outros, mas de certa forma vem eliminando “GAPS” entre humildes e poderosos. E o falo sobremaneira positiva.
Na semana passada, de outro viés, o corregedor do TJMT instalou uma reunião online, onde estavam presentes mais de 1.000 pessoas, entre servidores e magistrados, e isso ao mesmo tempo.
Tudo aconteceu com ajustes que levaram cerca 15 minutos (nada, para algo que nunca havia sido experimentado). Friso que foi um sucesso. Mas, além do sucesso, devemos pensar na economia de energia, combustível alimentação, diárias, enfim, tudo aquilo que poderia ser objeto de logística para organizar e efetivar um evento dessa envergadura.
No que se refere aos juízes, onde por evidente me coloco, parafraseio Cazuza: “o tempo não para!” não para e não parou. Todos exercendo teletrabalho (home office para “americanófilos” de plantão), produtividade em pico, aliás aumentada e aumentando. Isso é fato que não pode ser ignorado e sim estudado e analisado.
Não fossem apenas alguns processos físicos que ainda não foram digitalizados, a prestação jurisdicional poderia ser considerada intacta em meio a pandemia. A exemplo, nesta segunda feira, 29/06, às 15h, houve, perante o juízo da Vara Especializada da Fazenda Pública de Sinop (6ª vara), Audiência de Justificação em matéria possessória entre o Sesc e a Sema (Governo do Estado de MT), tudo de maneira online.
Confesso que já venho atendendo a advogados de forma remota/online e nenhum deles se queixou do resultado decorrente deste tipo de atendimento, pelo contrário. Estou certo de que a audiência online é apenas uma novidade para mim e que os colegas juízes de MT já devem ter passado por isso algumas vezes, porém, a mim ressalto como novidade e uma novidade que veio, oxalá, para ficar.
Mirko Vincenzo Giannotte, é Juiz da da Vara Especializada da Fazenda Pública de Sinop/MT
VERDADEIRO
Quarta-Feira, 01 de Julho de 2020, 18h12Lucas
Terça-Feira, 30 de Junho de 2020, 06h02Moreira
Segunda-Feira, 29 de Junho de 2020, 22h02Rog?rinho
Segunda-Feira, 29 de Junho de 2020, 18h36