Um dos assuntos mais badalados no meio político atualmente é sobre para qual partido o governador Pedro Taques irá. Como não poderia ser diferente, surgiram várias teses.
No último sábado, no hotel fazenda em Cuiabá, não como governador, e com as pontas das habituais e vazias cerimônias que geralmente acontecem em eventos envolvendo um governador, mas em uma reunião simples, sem frescuras, o cidadão Pedro Taques reuniu os amigos para conversar sobre o assunto.
Uma forma diferente de se fazer política. Foram mais de três horas de boa conversa, onde todos tiveram a oportunidade de se manifestar. A principal conclusão que se extraiu deste democrático encontro foi que muito mais que aliados, o governador Pedro Taques tem amigos. E a recíproca é verdadeira.
Naturalmente em uma situação como esta, a rigor o maior interesse seria dos possíveis candidatos as eleições de 2016 visando seus interesses. Porém não é isto que visivelmente se transpareceu na reunião. Muito pelo contrário, a percepção nítida é que os companheiros estão até mesmo dispostos a se sacrificarem visando à unidade. O que é raro em política.
Em síntese, os amigos do Pedro Taques, parafraseando a musica do saudoso Raul Seixas, como um afinado coral disse em alto e bom tom: Pedro aonde você vai eu também vou...
De outra banda, o governador, disse aos amigos que independentemente de partido, olha para pessoas. Lealdade em política é coisa rara. Para os aproveitadores de plantão fica o recado: os tempos são outros.
Está cada dia mais difícil o surgimento de lideranças no país. Vivemos uma profunda crise de liderança, porém nem os adversários podem negar que o governador Pedro Taques quando esteve no senado, fez praticamente o serviço que a oposição a este nefasto governo do PT não estava dando conta de fazer. Resultado foi o mais natural, Pedro Taques se tornou uma liderança suprapartidária nacional.
Portanto, seja qual for o partido que o governador Pedro Taques escolher, sua liderança não será ofuscada. Estadistas não se preocupam com estes pormenores. E tenho certeza que o governador vai tomar a melhor decisão para o Estado e para o povo brasileiro.
O governador poderia inclusive ficar sem partido. Porém não creio que faça isto, pois apesar de ser melhor para si próprio, a meu ver, traria prejuízos para os aliados. E olha que ninguém pode negar, seria muito bom se o governador lançasse a pedra fundamental para criação de um novo partido.
Pois bem, saindo do plano ideal para o possível, as opções que se afunilam são a filiação do governador ao PSDB ou ao PSB. Minha opinião é que o governador Pedro Taques irá se filiar ao PSDB, por uma razão muito simples: PSB na essência é igual melancia, verde por fora e vermelho por dentro.
O que foi dito acima não se aplica ao PSB aqui em nosso Estado, gostaria de registrar para não se fazer injustiça. Porém no meu ponto de vista, Pedro Taques não se sentiria a vontade no PSB e aconteceria o mesmo que ocorreu com o PDT, ou seja, cercado de peles vermelhas intoxicados pelo petismo, ficaria num labirinto sem saída.
Tomara que a ala nacional do PSDB enrustida, na eventualidade de meu palpite estar correto, e o governador vier a se filiar no partido, siga o exemplo de nosso líder e pare de vacilar e fazer trapalhadas, descendo do murro. O Brasil precisa endireitar. Vamos adiante.
FÁBIO HENRIQUE ALVES, advogado especialista em direito eleitoral, membro do IF - Instituto Federalista, e-mail:[email protected]
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Quarta-Feira, 19 de Agosto de 2015, 20h17F?BIO HENRIQUE ALVES
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Terça-Feira, 18 de Agosto de 2015, 16h00o analista do araguaia
Terça-Feira, 18 de Agosto de 2015, 11h01