Em 2014, Pedro Taques foi eleito a governador do estado de Mato Grosso com quase 60% dos votos. Naquela época ele era aliado de um grupo político (grupo dos odiosos) composto de empresários e políticos que em sua grande maioria nutrem um ódio pelo servidor público.
Pedro, alicerçado pela votação expressiva, assumiu o cargo arrochando os servidores. Seu maior embate foi quando declarou aos servidores públicos que NÃO IRIA pagar a RGA daquele ano. A arrogância foi tamanha que não se preocupou ao menos em cumprir o que determinava a Constituição Federal. A declaração foi taxativa, não vou pagar! Não houve ao menos a intenção de propor um parcelamento.
O governo viria a enfrentar àquela que foi a maior greve do estado. Os servidores públicos cruzaram os braços por quase dois meses e só retornaram aos serviços quando o governador recuou concordando em pagar a RGA. Nos bastidores, Pedro sofria enorme pressão do grupo dos odiosos para continuar a perseguição aos servidores públicos.
Nas eleições municipais de 2016, Pedro resolveu lançar Wilson Santos para prefeito de Cuiabá e os servidores públicos perceberam a oportunidade de dar o troco ao governador e impingiram-lhe uma derrota acachapante. O adversário de Wilson Santos foi eleito com mais de 60% dos votos.
Os servidores deram ao governador um pequeno vislumbre do que lhe esperava nas próximas eleições.
Em 2017, Pedro estava enfraquecido pelos embates com os servidores públicos e pela derrota política da maioria dos candidatos que apoiou nas eleições municipais.
Além disso, não conseguia equilibrar as finanças do estado e os comerciantes haviam perdido o encanto por ele, pelos constantes calotes que o estado estava dando em seus fornecedores.
Foi nesse cenário que Pedro reuniu seus secretários para tratar do pagamento da RGA daquele ano. A pergunta era simples: devemos pagar a RGA?
Os secretários se dividiram, metade entendia que Pedro deveria honrar o compromisso e a outra metade, composta principalmente do grupo dos odiosos, exigia o não pagamento.
Coube a Pedro a palavra final e decidiu não só pagar a RGA de 2017, como também, resolveu deixar negociado a do ano seguinte, para que não houvesse um novo enfrentamento com os servidores públicos em ano eleitoral.
Essa reunião foi o momento de ruptura de Pedro Taques com o grupo de odiosos, que logo abandonou seu governo.
Para Pedro, já era tarde demais, ele não conseguiria reverter sua imagem perante os servidores públicos e não tinha mais seu grupo político como aliado para que pudesse viabilizar a sua reeleição ao governo.
O grupo dos odiosos abandou Pedro Taques e se aliou àquele que seria seu adversário nas eleições ao governo em 2018. E, a partir disso, incrivelmente, a história começa a se repetir.
Mauro Mendes, apoiado pelo grupo dos odiosos, foi eleito com quase 60% dos votos. O novo governador iniciou seu governo destilando todo ódio contra os servidores públicos. Um arrocho atrás do outro.
Mas tem um elemento novo nessa história, eleição para preencher uma vaga ao Senado Federal. E, é aqui que o servidor público pode novamente fazer a diferença.
As consequências dessa eleição podem ser as seguintes:
Se o senador eleito for o que teve apoio de Mauro Mendes, o governo se sentirá enormemente fortalecido politicamente e proporá cada vez mais projetos visando atingir o servidor público.
Vale lembrar que a Reforma Administrativa está vindo aí e o quão fortalecido o governador estiver é que definirá o prejuízo que o servidor público sofrerá.
Elegendo seu senador, Mauro terá o apoio dele para a sua reeleição. É o jogo político, uma mão lava a outra. Não esqueçam que o candidato ao senado do governador faz parte do grupo dos odiosos.
Portanto, para o servidor público é importantíssimo derrotar o governador nessa eleição para o senado. Além disso, estrategicamente é interessante eleger seu maior adversário político, para equilibrar a balança e demonstrar ao governador que, se continuar com a política de arrocho aos servidores públicos, terá o mesmo destino que seu antecessor.
É irônico, mas a melhor opção para o servidor público, nesse momento, talvez seja eleger Pedro Taques novamente senador por Mato Grosso.
Davi Nogueira, escrivão de polícia e presidente do Sindicato dos Escrivães de Polícia Judiciária Civil de Mato Grosso – Sindepojuc/MT
Ant?nio Claras
Sábado, 03 de Outubro de 2020, 16h23Policial Civil
Sábado, 03 de Outubro de 2020, 13h41Gustavo
Sábado, 03 de Outubro de 2020, 12h14Helcio
Sábado, 03 de Outubro de 2020, 11h03Maria Servidora
Sábado, 03 de Outubro de 2020, 06h37Andre
Sábado, 03 de Outubro de 2020, 06h23Oliveira
Sábado, 03 de Outubro de 2020, 00h18Servidor Cuiabano
Sexta-Feira, 02 de Outubro de 2020, 21h04cleide
Sexta-Feira, 02 de Outubro de 2020, 17h32cleide
Sexta-Feira, 02 de Outubro de 2020, 16h52Jos? Arruda
Sexta-Feira, 02 de Outubro de 2020, 15h59