Opinião Terça-Feira, 05 de Agosto de 2025, 13h:15 | Atualizado:

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Max Campos

Por que WF jamais questionou o Judiciário?

 

Max Campos

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MAX CAMPOS

 

Em um Estado onde o povo clama por justiça mais acessível, transparência e respeito às instituições, surge uma pergunta incômoda, mas necessária: por que o senador Wellington Fagundes, após seis mandatos consecutivos na Câmara e dois mandatos no Senado, nunca demonstrou interesse em investigar ou ao menos debater os rumos do Judiciário brasileiro?

É importante destacar que o papel de um senador vai além da elaboração de leis: ele é, também, fiscal dos demais Poderes da República, incluindo o Poder Judiciário. Cabe ao Senado aprovar indicações para o STF, supervisionar o Conselho Nacional de Justiça (CNJ), abrir CPIs, e debater medidas que assegurem o equilíbrio entre os Poderes. E mesmo com todo esse arsenal constitucional à disposição, Fagundes manteve-se sempre em silêncio quando o tema era Judiciário.

Em um momento histórico no qual decisões judiciais influenciam diretamente a vida política, econômica e social do país, o silêncio de parlamentares veteranos como Wellington Fagundes se torna ensurdecedor.

Uma omissão calculada?

Não estamos falando de um novato, mas de um político que soma quase 30 anos de vida pública. Ao longo de sua extensa carreira, nunca liderou, apoiou ou sequer vocalizou publicamente a necessidade de investigar abusos, excessos ou omissões por parte do Judiciário — mesmo quando diversos setores da sociedade cobravam isso com veemência.

Ora, será que nunca houve motivo? Nunca houve decisão polêmica? Nunca houve gastos questionáveis? Será mesmo possível que, em quase três décadas, o Judiciário tenha sido um mar de perfeição, isento de críticas?

O povo de Mato Grosso tem o direito — e o dever — de questionar o silêncio de seus representantes. Por que outros senadores do país, de diferentes partidos e ideologias, propuseram CPIs, questionaram ministros e defenderam maior controle social sobre o Judiciário, enquanto Wellington Fagundes permaneceu inerte?

Falta de coragem ou conveniência política?

A ausência de posicionamento pode ser estratégica. Criticar o Judiciário é, para muitos políticos, um risco — afinal, decisões judiciais podem impactar diretamente suas trajetórias. Mas quem se omite por medo ou conveniência deixa de representar o povo e passa a representar seus próprios interesses.

Wellington Fagundes, em mais de uma ocasião, se mostrou habilidoso em construir alianças e garantir espaço político. Porém, quando se trata de temas que exigem firmeza, independência e coragem institucional, sua atuação se esvanece.

É hora de cobrar respostas

O cidadão mato-grossense precisa refletir: estamos elegendo representantes ou espectadores? Quem se omite diante de um dos temas mais sensíveis da democracia não pode mais contar com a complacência de seus eleitores.

Senador Wellington Fagundes, o senhor deve explicações ao povo de Mato Grosso:

Por que, em seis mandatos como deputado e dois como senador, jamais defendeu uma investigação sobre o Judiciário brasileiro?

O silêncio, neste caso, fala muito.

Max Campos é Servidor Público Estadual





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