Opinião Quarta-Feira, 18 de Junho de 2025, 08h:27 | Atualizado:

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Diego Guimarães

Proteção e respeito: o servidor público como memória do funcionalismo público

 

Diego Guimarães

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A aposentadoria do servidor público não é o fim de uma trajetória. É o reconhecimento de uma vida inteira dedicada ao funcionamento do Estado, ao zelo pelo interesse coletivo e ao serviço à população. O Dia do Funcionário Público Aposentado deve ser, portanto, mais do que uma data comemorativa — deve ser um marco de respeito, responsabilidade e compromisso com aqueles que sustentaram os pilares da máquina pública.

Há algo de profundamente simbólico e, ao mesmo tempo, concreto nesse reconhecimento. Aposentar-se após décadas de serviço não é privilégio, é direito conquistado. E como direito, deve ser protegido — especialmente diante de um cenário nacional que, infelizmente, expõe nossos aposentados à insegurança e ao descaso.

Não podemos ignorar as gravíssimas fraudes reveladas no Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), durante a atual gestão do presidente Lula. Segundo estimativas do próprio governo federal, o rombo nas contas da Previdência pode ultrapassar os R$ 14 bilhões apenas com benefícios pagos indevidamente. Esse escândalo de proporções gigantescas não é apenas uma afronta à moralidade administrativa — é um golpe direto na dignidade daqueles que dependeram e ainda dependem da estabilidade previdenciária para viver com o mínimo de paz em sua velhice.

É revoltante que, em vez de fortalecer os mecanismos de proteção e fiscalização, o Estado brasileiro assista a essas fraudes com um silêncio conivente e burocrático. Quem paga essa conta são os aposentados. São os funcionários públicos de ontem, que foram a espinha dorsal dos hospitais, das escolas, das repartições, da segurança, da Justiça.

Nesse contexto, é necessário assumir uma postura clara: é dever do Estado assegurar a saúde financeira dos seus aposentados. E isso exige mais do que discursos; exige ação. Políticas públicas voltadas à valorização desses cidadãos, revisão constante da política previdenciária, combate firme aos privilégios injustificados e às fraudes criminosas. Exige, também, a criação de um ambiente institucional que promova segurança jurídica e respeito à memória do serviço prestado.

O funcionalismo público aposentado não é um peso para a sociedade, como tentam fazer parecer certos discursos. Ao contrário: é a memória viva de uma administração que funcionou, de uma estrutura que resistiu ao tempo, das conquistas que ainda hoje beneficiam as novas gerações. Desrespeitar essa categoria é agredir o próprio conceito de Estado de bem-estar social.

Cabe a nós, representantes do povo, garantir que esses homens e mulheres, que já entregaram tudo de si ao país, possam envelhecer com dignidade, segurança e reconhecimento. Que esse dia sirva, não apenas para celebrar, mas para reafirmar compromissos. A história nos exige gratidão; a política nos cobra responsabilidade.

Diego Guimarães é deputado Estadual de Mato Grosso





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