Opinião Segunda-Feira, 07 de Setembro de 2020, 10h:34 | Atualizado:

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Lício Malheiros

Setembro amarelo

 

Lício Malheiros

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O mundo moderno vive hoje momento surreal, estereotipado em valores meramente materiais, de forma que, os valores atuais se aproximam mais, do ter, do que do ser. Valores estes, que num primeiro momento podem parecer inofensivos e inocentes, porém na vida real, no cotidiano de cada um de nós, este modelo de vida, pautada no: poder, vaidade, egocentrismo, soberba, egoísmo e por aí vai, poderão servir de combustível, podendo  levar às pessoas, ao acometimento da depressão,  que é uma doença silenciosa ligada diretamente  ao emocional das pessoas, que atingem principalmente os mais fracos,  os vulnerais, e principalmente, aquelas pessoas  menos estruturadas emocionalmente; as mesmas, poderão até atentar contra suas próprias vidas, cometendo suicídio.

O setembro amarelo, foi criado na tentativa de quebrar o estigma, de que a morte por suicídio não tinha uma definição ou explicação plausível e aceitável com relação a este tema tão complexo, sendo colocado com   verdadeiro tabu.

Mundialmente essa campanha do setembro amarelo, teve início em 2003, o dia 10 de setembro é o Dia Mundial de Prevenção ao Suicídio. No Brasil, a campanha teve início em 2015, tendo como elemento norteador da mesma, a prevenção, e vamos mais além, esse cuidado e percepção, deveria existir desde o nascimento de um filho até a idade adulta, para que não tivéssemos surpresas desagradáveis; claro que isso, não é certeza de que não iria  acontecer o suicídio.

Este artigo, foi ensejado pelo clamor de uma mãe, Taisa Maria Assis Silva Campos, residente na querida e hospitaleira, cidade de Poconé, a mesma, a poucos meses perdeu seu filho querido de forma precoce, morreu por suicídio aos 21 anos, Cayque Assis Silva Lacotis, filho  amado pela família.

A senhora Taisa, foi corajosa ao abrir sua vida, através de uma atitude nobre, mesmo ainda sentindo dor; vem à público externar seu sentimento, na tentativa de ajudar outras famílias.

Abordando um tema complexo e doloroso, mesmo assim, vem à público alertar as famílias com relação ao perigo que as mesmas correm, principalmente pelo acometimento de muitos filhos pela depressão, que é o caminho mais curto para o suicídio.

O intuito deste artigo, é tentar abrir os olhos das famílias, que em nome do trabalho exacerbado, na tentativa de  proporcionar aos  seus familiares uma vida mais confortável, mais digna, mais abastada, principalmente em função, de tudo aquilo que as redes sociais hoje exige de nós, que são as curtidas, os likees,  para que possamos estar em evidência, isso é  sinônimo de glamour atualmente, infelizmente.

Na maioria das vezes, estas famílias acabam abandonando seus filhos, e este irão buscar apoio e amparo nas redes sociais, através de joguinhos, que apresentam títulos “inocentes”, porém estes, as vezes acabam induzido as crianças, a automutilação, ou quando estes, não os induzem a pular dos edifícios, entre tantas outras maldades.

Também me coloco nessa situação, pois tenho dois netinhos lindos, eu  os amo, João Gabriel Ricaldi Malheiros e Maria Fernanda Ricaldi Malheiros, sempre que vejo um vídeo, ou programas infantis de jogos com tendência ao perigo; de imediato, envio para o meu filho, Bruno Malheiros, e peço a ele que os orientem, isso tem sido uma prática constante em minha vida.

Infelizmente, hoje a criação moderna traz mudanças substanciais, com relação às prática de certas  brincadeiras que só acontecem pelas redes sociais, desta forma tornando as mesmas, presas fáceis, pois hoje, para o conforto e sossego dos pais, crianças pequenas já estão de posse de um celular, que na maioria das vezes passam a ser, o educador dos seus filhos ai é que mora o perigo, através dessa permissividade.

Hoje, em nosso país em termos de ajuda visando evitar ou coibir o suicídio, existe o    Centro de Valorização da Vida (CVV), fundado em São Paulo em 1962, é uma associação civil sem fins lucrativos, filantrópica, reconhecida como de Utilidade Pública Federal, desde 1973.

Esta entidade presta serviço de relevância a população como um todo, tendo como contato, o telefone 188 (24 horas e sem custo de ligação), ou pelo site www.cvv.org.br, ou por chat e e-mail.

Nestes canais, são realizados mais de 2 milhões de atendimentos anuais, por aproximadamente 3.400 voluntários, localizados em 24 estados mais o Distrito Federal.

Infelizmente, os dados são alarmantes, uma pessoa se suicida no mundo a cada 40 segundos, no Brasil, todos os dias em média, 30 pessoas tiram a própria vida. Entre 2011 e 2015, houve 55.649 casos do tipo no país, uma triste média de 11 mil por ano, segundo dados do Ministério da Saúde, são dados alarmantes e preocupantes.

Professor Licio Antonio Malheiros é geógrafo

 





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