É dramática e angustiante a realidade vivida pelas pessoas que dependem do serviço público de saúde em Tangará da Serra. O setor esta completamente sucateado. A falta de médicos é apenas um dos graves problemas enfrentados tanto pelos servidores da área quanto e, principalmente, pela população. Sem equipamentos, sem remédios e com sua estrutura fragilizada, o Hospital Municipal não comporta a demanda.
Mas, além de todas essas deficiências, falta o principal: gestão. A secretária de saúde, Helena Maria Cavalini, pode até ter boa vontade e creio que tenha. Isso, porém, não basta. É preciso ter eficiência na gestão da coisa pública. A Dra. Helena Maria não é exatamente um exemplo de gestora. Ela não tem experiência na área administrativa e muito menos autonomia para idealizar e implantar qualquer projeto ou programa que possa minimizar o drama das pessoas que buscam atendimento no HM.
O prefeito, ao que deduzo, tem um temperamento melancólico. E quem tem este tipo de temperamento geralmente é inflexível, confuso, egoísta, desconfiado, vingativo e se aborrece com facilidade. O bom gestor é aquele que delega atribuições e cobra resultados.
É preciso agir enquanto há tempo. Pessoas estão padecendo desassistidas. Gente pode morrer por falta de assistência médica e isso é uma incongruente incoerência para um município pólo. Tangará da Serra é uma cidade rica e, no entanto, não consegue ofertar o mais elementar serviço de saúde a sua população. Tem alguma coisa errada nesta história.
Ora, se faltam recursos financeiros, o prefeito precisa chamar o governador na chincha e se isso não for o bastante, precisa cobrar de maneira firme e enérgica providências do ministério da saúde.
O caso é grave e exige resolução urgente, mas urgente, mesmo! Até porque se o caos se instalar de forma generalizada é possível que surja pedido de intervenção e ninguém, nenhum morador de Tangará da Serra, espera que isto aconteça. Então, prefeito, a hora é de ação. O povo precisa de saúde e ofertá-la é sua obrigação. Que providencias sejam tomadas antes que a situação descambe para o imponderável. Ou vai esperar?
Edésio Adorno é advogado