O Brasil vive hoje, uma das piores crises institucionais; marcada, por sucessivos erros crassos protagonizados por nossos governantes, principalmente nas áreas pontuais. Em uma delas, tem sido uma constante, principalmente, no que tange a implementação de políticas públicas educacionais; mola mestra do crescimento econômico de um país. Foi veiculado um vídeo nas redes sociais, no qual o Governo do Estado, na pessoa do Governador Pedro Taques, do secretário de Estado de Educação, Perminio Pinto e Secretário Adjunto de Políticas Educacionais, Gilberto Fraga. Nele, foi batido o martelo, com a permanência do sistema educacional, de escolas cicladas em nosso Estado. Esse sistema faculta aos alunos, com ou sem conhecimento cognitivo, acompanhar os colegas segundo a idade, para as séries seguintes, permanecendo a famigerada progressão continuada, que é na verdade, a não reprovação do aluno.
Políticas públicas de governo não se discutem, até porque, as consequências danosas serão contabilizadas, em um curto período de tempo, pois o tempo é o senhor da verdade.
Vamos esperar o resultado do Enem (2015), para que tenhamos uma noção abalizada do estrago feito por esse sistema ciclado de educação; se estivermos errados, teremos a humildade, em admitir nosso erro.
O secretário adjunto de políticas educacionais, do Estado de Mato Grosso, Gilberto Fraga, deu ênfase ao dizer que o sistema educacional ciclado, será mantido em nosso Estado em 2016.
Ele diz que será feita uma avaliação interna, para que seja detectada a defasagem de aprendizado, para os alunos do 2º, 4º, 6º e 8º do Ensino Fundamental e também com estudantes do 1º e 2º do Ensino Médio, para isso será contratada uma empresa vinculada à Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJR), realizará a avaliação, prevista para acontecer no início do ano letivo do ano que vem.
O ponto nevrálgico, na fala do secretário adjunto Gilberto Fraga, é quando ele diz “Se o aluno não está aprendendo é porque também tem alguém que não está ensinando. E se esse professor não está ensinando, qual o motivo para isso? Falta de conteúdo ou de metodologia? Sendo detectado isso teremos uma política de desenvolvimento profissional, não somente para os docentes, como também para os profissionais da educação”.
Na verdade, esta fala, tem como objetivo principal, encontrar culpados, portanto é mais fácil culpar os abnegados profissionais da educação, que trabalham em seus limites de saturação, através de um trabalho hercúleo; percebendo salários ínfimos, escolas sucateadas, cobranças exacerbadas, na tentativa de encontrar resultados que satisfaçam os interesses dos nossos governantes, que é dar continuidade, ao grande número de analfabetos funcionais, e que estes, estejam aptos para votar.
Vivemos em um país meramente tecnocrata modelo no qual, pessoas se amotinam em gabinetes confortáveis com ar condicionado, com estrutura de dar inveja a qualquer país desenvolvido, norteando ações, deliberando modelos arcaicos e obsoletos de educação, que estão na contramão da história.
Pare o mundo, quero descer!
Professor Licio Antonio Malheiros é geógrafo ([email protected])
Carlos
Sexta-Feira, 06 de Novembro de 2015, 12h44