Opinião Domingo, 20 de Março de 2022, 08h:10 | Atualizado:

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Renato de Paiva

Versos de pé quebrado

 

Renato de Paiva

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Soneto de William Shakespeare, tradução de Ivo Barroso:

“Quando jura, ser feita de verdades, 

Em minha amada creio, e sei que mente

E passo assim por moço inexperiente,

Não versado em humanas falsidades.”

 

Seguem versos de pé quebrado, que ponho na boca de um Lulófilo. Ele (o eleitor do Lula) teria lido o soneto do poeta inglês e feito esta paródia:

Quando jura a inocência outra vez,

No Lula, creio, e sei que mente

Finjo assim, ser um bobo inexperiente,

Que acredita em tanta desfaçatez.

 

Sabendo, assim, que não é inocente,

Engulo em seco sua falsa jura,

Reafirmo o meu voto, e alegremente

Não o condeno pela impostura.

 

Versos de um eleitor do Bolsonaro, que lendo a paródia do fã do Lula, quis imitá-lo:

 

Quando diz com empáfia, ser estadista

No Mito creio e sei que mente,

Mas, mesmo incapaz e inconsequente,

O prefiro ao malvado comunista.

 

Voto nele com esperança, novamente

Esquecendo da inflação e da gasolina.

E que a muitos matou, impunemente

Negando, sem pena, a eficaz vacina.

 

Conclusão:

 

Escolhe-se, enfim, entre este e estoutro

Pois, pra enfrentá-los não apareceu nenhum:

Quem votou em um pra fugir do outro

Hoje, busca o outro, para escapar do um.

Renato de Paiva Pereira – empresário e escritor

[email protected] 

 





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