Polícia Quinta-Feira, 07 de Agosto de 2025, 13h:45 | Atualizado:

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FACÇÃO MIRIM

Alunas que torturaram colega são escoltadas para centro socieoeducativo

Internação das agressoras em Cuiabá foi determinada pela Justiça

G1-MT

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ESTUDANTES INTERNADAS.jpg

 

As três adolescentes que agrediram e torturaram uma colega de 12 anos dentro da Escola Estadual Carlos Hugueney, em Alto Araguaia, a 415 km de Cuiabá, chegaram ao centro socioeducativo da capital onde ficarão internadas, nesta quarta-feira (6). A vítima teria sido agredida após negar um "geladinho" — suco de pacotinho — a uma das colegas.

A Polícia Civil explicou que, embora quatro estudantes estejam diretamente envolvidas no caso, apenas três foram apreendidas, isso porque uma das envolvidas tem 11 anos, idade que, segundo o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), impede a internação.

O transporte das adolescentes foi feito de carro, com escolta policial.

As agressoras, segundo a polícia, mantinham um grupo na escola "inspirado em facções criminosas", segundo o delegado Marcos Paulo Batista de Oliveira, responsável pelo caso.

A polícia ainda apreendeu um caderno onde as alunas descreviam o funcionamento do grupo (veja abaixo). O material detalhava a hierarquia, regras internas e os apelidos usados pelas integrantes, características semelhantes às de facções.

O secretário de Estado de Educação, Alan Resende Porto, anunciou que a escola onde as agressões ocorreram será transformada em uma unidade cívico-militar. Segundo ele, o processo de recrutamento dos militares que irão atuar na unidade já está em andamento.

 

Agressão

TORTURADA ESCOLA.jpg

 

A agressão foi registrada em vídeo pelas adolescentes e divulgada nas redes sociais. As imagens mostram uma das alunas ajoelhada, sendo encurralada e agredida por outras meninas.

Além de tapas, socos, chutes e puxões de cabelo, as estudantes usaram um cabo de uma vassoura para bater na vítima.

Investigação

Durante os depoimentos, as suspeitas confessaram ter agredido outras quatro colegas em situações semelhantes. Os celulares das adolescentes foram apreendidos e os vídeos das agressões foram localizados pela polícia.

A investigação também revelou que algumas das alunas envolvidas têm histórico familiar ligado a facções criminosas, o que pode ter influenciado a criação do grupo dentro da escola. Uma das adolescentes já havia sido conduzida à delegacia por estar em companhia de membros de uma facção, um deles portando drogas.

Para o delegado, a agressão sofrida pela vítima é semelhante ao "salve", um tipo de punição interna comum entre membros de facções, após desrespeitar regras impostas pelo grupo. Outra regra imposta era que a vítima não poderia chorar durante a agressão, sob pena de sofrer ainda mais violência.

Em nota, a Secretaria Estadual de Educação de Mato Grosso (Seduc-MT) informou que equipes da gestão da escola e da Diretoria Regional de Educação foram mobilizadas para prestar apoio psicológico à vítima, aos envolvidos e às famílias dos estudantes. O estado de saúde da vítima não foi divulgado.





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Comentários (1)

  • Celso

    Quinta-Feira, 07 de Agosto de 2025, 15h36
  • Ja a filha dos Cestari que matou a amiga no alphaville essa livre leve e solta ja quase uma médica formada , não passou 01 semana no presidio...não que essas não devam ser presas e pagar , mas o que vejo é essa justiça seletiva no pais onde quem tem grana não padece ...besta o pobre que acha que é rico e que gosta e ser capacho dos interesses dos ricos , achar que um dia se precisar a justiça os tratara de forma igual . olhas os imbecis do 8 de janeiro , os financiadores mesmo , esses nunca foram presos , inclusive o mundo sabe que boa parte daqueles caminhões que ficavam estacionados dia e noite na porta dos quartéis eram de propriedade de uma atual SENADORA da republica que hoje grita por anistia e moralidade .
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